Os Urbanitários de Alagoas viveram, nesta terça-feira (6 de março), mais um episódio que demonstrou a força e a garra da categoria, quando enfrentaram uma verdadeira guerra, na audiência pública que discutiu a privatização da CEAL. Os/a trabalhadores/a enfrentaram um aparato nunca visto para um evento deste tipo, com a presença da PM, RP, Cavalaria, SMTT, segurança privada e o BOPE, num total de mais de 300 agentes. Após a audiência, a categoria seguiu em caminhada até o Palácio República dos Palmares, no Centro da cidade.
O Sindicato denunciou o forte aparato policial, que impediu a livre manifestação dos presentes. A Polícia Militar agrediu os/a trabalhadores/a que desejavam se manifestar na audiência, com violência, usando cacetetes, escudos e a força bruta contra os participantes.
Os trabalhadores agredidos pela polícia fizeram um Boletim de Ocorrência – BO, na Central de Flagrantes. Eles foram violentamente impedidos de se manifestarem sendo golpeados através do uso da força, com pancadas nas costas, braços e cabeça. A polícia já chegou ao local com ordem de usar a violência para conter os participantes, com o intuito de coibir qualquer tipo de manifestação. A ordem era reprimir mesmo.
O local do evento foi outro fator que impossibilitou a participação, pois além de ser pequeno, a polícia interditou grande parte das cadeiras, deixando centenas de pessoas de fora, sem acesso ao debate.
O Sindicato denunciou e pediu um posicionamento do governador Renan Filho, que se calou sobre o tratamento dado aos trabalhadores/a pelo aparato do Estado, sendo conivente com a violência, truculência, autoritarismo e falta de respeito para com o cidadão alagoano.
O governador autorizou que se fechassem batalhões, liberando mais efetivo para a audiência, que ruas fossem isoladas, impedindo inclusive o acesso de moradores. Chegou ao ponto de uma grande faculdade ter que cancelar as aulas.
O Sindicato irá recorrer na justiça, pedindo o cancelamento desta audiência, que violou todos os princípios democráticos, realizada na base da força e no autoritarismo poucas vezes visto em nosso Estado. (fonte: Stiu-AL)
A luta continua!
Não à privatização do sistema Eletrobras!