As urbanitárias estiveram representadas na Audiência Pública, que debateu a violência e assédio contra mulheres no mundo do trabalho, pela secretária da Mulher da FNU, Sônia Bezerra Mendes.
O encontro, que reuniu sindicalistas e ativistas, foi realizado no último dia 7 de dezembro na Assembleia Legislativa de São Paulo, e discutiu a importância da ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que visa combater a violência e o assédio no ambiente de trabalho.
Antes da audiência, ocorreu reunião do Comitê das Mulheres da Internacional de Serviços Públicos (ISP), entidade à qual a FNU é filiada.
Na ocasião, as sindicalistas expressaram o compromisso de enfrentar a misoginia, o ódio contra as mulheres, o racismo, a lesbofobia e a homofobia, além de fazer gestões e articulações junto ao legislativo para que Convenção 190 seja aprovada pelo Congresso.
Sônia Mendes falou sobre o direito de todas as pessoas de viver em um mundo sem discriminação, assédio ou qualquer forma de violência, e a importância de ações para o enfrentamento à misoginia. Ela enfatizou também à atenção necessária à política de cuidados: “O cuidado é um trabalho que envolve afeto com sobrecarga especialmente sobre as mulheres. É preciso proporcionar a todas as mulheres o direito de livre escolha. E para quem exerce o trabalho do cuidado, a garantia de seus direitos trabalhistas”.
A secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, pasta ligada ao Ministério das Mulheres, Denise Motta Dau, falou da importância de “sensibilizar o Congresso Nacional para que compreendam efetivamente o que significa essa convenção. Ela preza por coibir o assédio sexual no ambiente de trabalho, inclusive por meio de capacitação, formação e instalação de comitês de prevenção ao assédio sexual no local de trabalho”.
A audiência pública fez parte da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, que terminou no domingo (10/12).