Em cada canto de Minas Gerais, trabalhadores a serviço de empreiteiras contratadas pela Cemig são explorados, humilhados e colocados em sérios riscos de acidentes
O desrespeito ao ser humano e a degradação do ambiente de trabalho estão em todos os campos da terceirização na empresa. Na conservação e limpeza, algumas empresas reduziram o salário dos trabalhadores a menos que um salário mínimo e usam o pagamento do adicional de periculosidade para mascarar essa exploração.
Na operação e manutenção, a precariedade das condições de trabalho e o atraso de pagamento e do vale alimentação estão transformando a vida do trabalhador em um tormento. São vários os relatos de trabalhadores indo para o posto de trabalho sem alimentação, devido à falta de pagamento.
“No mês passado, fui me alimentar pela primeira vez no dia somente às 15h, quando um consumidor rural percebeu minha condição e ofereceu um prato de comida”, relata um trabalhador que ficou 15 dias com atraso de salário e vale alimentação.
Mas os problemas não param por aí! Além das equipes estarem incompletas e sobrecarregadas, falta materiais e equipamentos para o trabalho. A situação também é degradante na hora dos treinamentos. São apenas 30 dias de cursos, alguns online, e o trabalhador já é colocado para atuação nas redes.
Denúncias apontam que inúmeras empreiteiras estão mantendo seus trabalhadores em condições precárias: Provac, Potência, Eletromecânica Maranhão e Spin, dentre outras, servem como exemplo dessa realidade. O pior é que, em muitos casos, o trabalhador é dispensado e ganha calote das verbas trabalhistas.
O Sindieletro está preparando um documento para denunciar ao Ministério Público esse grande ataque aos trabalhadores, já que a Cemig finge não enxergar o problema. Se você vive ou conhece alguém que está passando por uma situação semelhante em seu local de trabalho, faça uma denúncia através do e-mail acordocoletivo@sindieletromg.org.br, ou no número (37) 9 8424 0521. O Sindieletro garante o sigilo das informações.
Fonte: Sindieletro-MG