Artigo: Lucas Tonaco*
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A Venezuela é um país no noroeste da América do Sul com uma população de cerca de 30 milhões de pessoas. É um país de clima tropical com uma variedade de ecossistemas, incluindo florestas tropicais, savanas e montanhas. A Venezuela é um país rico em recursos hídricos, com uma rede de rios, lagos e aquíferos, incluindo o Orinoco, o segundo rio mais longo da América do Sul. Apesar disso, enfrenta uma série de desafios em relação à segurança hídrica, como a escassez de água em certas regiões, a degradação da qualidade da água devido à poluição e a falta de infraestrutura adequada para a gestão dos recursos hídricos. O governo venezuelano tem adotado medidas para enfrentar esses desafios e promover a segurança hídrica. A Venezuela enfrentou e continua enfrentando diversos conflitos e desafios relacionados à água ao longo de sua história. Um exemplo significativo é o conflito pelo acesso à água potável na região de Maracaibo, onde a disponibilidade limitada de água e a falta de investimento em infraestrutura hídrica têm gerado tensões e disputas entre diferentes grupos sociais. Outro conflito relevante ocorre nas áreas rurais, onde comunidades agrícolas dependem da água para suas atividades. A falta de acesso à água para irrigação e a disputa pelo uso dos recursos hídricos entre grandes fazendeiros e pequenos agricultores têm gerado conflitos socioeconômicos.
As principais companhias de saneamento da Venezuela são: Corpos de Águas e Saneamento (Cassa): empresa pública que atende a Caracas e outras cidades grandes. Águas de Bolívar: empresa privada que atende a Bolívar.Águas de Carabobo: empresa privada que atende a Carabobo.Águas de Lara: empresa privada que atende a Lara. Águas de Miranda: empresa privada que atende a Miranda. Águas de Portuguesa: empresa privada que atende a Portuguesa.Águas de Zulia: empresa privada que atende a Zulia. O preço da água na Venezuela varia de acordo com a empresa e a região. Em geral, o preço é mais alto nas cidades grandes do que nas cidades pequenas. A população atendida pelas companhias de saneamento da Venezuela varia de acordo com a empresa. Em geral, as empresas atendem a uma grande proporção da população nas cidades grandes, mas atendem a uma pequena proporção da população nas cidades pequenas.
Os principais problemas das companhias de saneamento da Venezuela são: a falta de investimento: as companhias de saneamento da Venezuela não recebem investimentos suficientes para manter a infraestrutura em bom estado. Falta de manutenção: a falta de investimento leva à falta de manutenção da infraestrutura, o que causa vazamentos, rompimentos e outros problemas. Corrupção: a corrupção é um problema generalizado nas companhias de saneamento da Venezuela, o que leva à má gestão e desperdício de recursos. Problemas sociais: os problemas sociais, como pobreza, desigualdade e violência, também dificultam a prestação de serviços de saneamento na Venezuela.
A Venezuela possui um sistema legal e institucional para a gestão dos recursos hídricos. A Lei de Águas de 2007 estabelece os princípios e diretrizes para a gestão sustentável dos recursos hídricos no país. O Ministério do Poder Popular para o Ambiente é o órgão responsável pela implementação das políticas relacionadas à água e pela coordenação das instituições envolvidas na gestão hídrica. No contexto dos conflitos étnicos e antropológicos, a Venezuela abriga comunidades indígenas que possuem uma relação estreita com a água e seus territórios. O reconhecimento dos direitos dessas comunidades e sua participação na tomada de decisões relacionadas à gestão dos recursos hídricos são aspectos importantes a serem considerados.
Os conflitos econômicos relacionados à água na Venezuela envolvem questões como a competição pelo uso da água entre setores como agricultura, indústria e consumo doméstico. A gestão eficiente dos recursos hídricos e a busca por soluções sustentáveis são fundamentais para evitar conflitos e garantir o acesso equitativo à água. No âmbito geopolítico, a Venezuela compartilha bacias hidrográficas com países vizinhos, como Colômbia e Brasil. A cooperação regional, a negociação de acordos e a consideração das dimensões geopolíticas são elementos importantes na abordagem dos conflitos relacionados à água. Existem estudos acadêmicos relevantes que abordam os conflitos e desafios relacionados à água na Venezuela. O estudo de Rodríguez et al. (2019), intitulado “Water governance in Venezuela: A diagnosis for sustainable development,” oferece uma análise abrangente da governança da água na Venezuela, destacando a necessidade de políticas e estratégias para enfrentar os problemas de escassez e qualidade da água. Relatórios do Ministério do Poder Popular para o Ambiente e do Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (INAMEH) fornecem informações sobre a situação hídrica do país, a disponibilidade de água, a qualidade da água e outras estatísticas relevantes.
Água e Inteligência na Venezuela
O Sistema de Inteligência da Venezuela, conhecido como Sistema Nacional de Inteligência Bolivariano (SEBIN), é uma agência governamental responsável pela coleta, análise e disseminação de informações estratégicas para a segurança nacional e tomada de decisões do governo venezuelano. O SEBIN foi criado em 2010 como uma agência de inteligência civil e é subordinado ao Ministério do Poder Popular para as Relações Interiores, Justiça e Paz.O SEBIN tem como objetivo principal proteger a estabilidade política, a soberania nacional e a ordem interna da Venezuela. Ele realiza atividades de inteligência para prevenir ameaças internas e externas, combater o crime organizado, o terrorismo e outras formas de atividades ilegais que podem afetar a segurança do país. O sistema de inteligência da Venezuela é composto por várias diretorias e unidades especializadas, como a Diretoria Geral de Inteligência e Estratégias Preventivas, a Diretoria de Análise Estratégica e a Diretoria de Contra-Inteligência. Essas unidades funcionam em conjunto para coletar e analisar informações relevantes, gerar e fornecer apoio às operações de segurança e defesa. No entanto, é importante observar que as informações desenvolvidas sobre o funcionamento interno e as práticas específicas do sistema de inteligência da Venezuela são limitadas, pois essas informações são geralmente avançadas e não estão disponíveis para o público em geral.
O governo da Venezuela reconhece as mudanças climáticas como uma grave ameaça à segurança nacional e ao desenvolvimento econômico do país. Em 2016, o governo lançou a Estratégia Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas, que visa reduzir as vulnerabilidades do país aos efeitos das mudanças climáticas. A estratégia inclui medidas para melhorar a gestão dos recursos hídricos, aumentar a resiliência da agricultura e proteger a biodiversidade. O governo também está trabalhando para desenvolver energia renovável e reduzir sua dependência de combustíveis fósseis. Em 2019, o governo lançou o Plano Nacional de Energia Renovável, que visa aumentar a participação das fontes de energia renovável na matriz energética do país para 35% até 2030.O governo da Venezuela também está cooperando com outros países para enfrentar as mudanças climáticas. Em 2015, o governo assinou o Acordo de Paris, um acordo internacional para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O governo também está participando de iniciativas regionais para enfrentar as mudanças climáticas, como o Programa para a Integração Energética Regional.
Embora o governo da Venezuela esteja tomando medidas para enfrentar as mudanças climáticas, o país ainda enfrenta uma série de desafios. A economia do país está em colapso e o governo não tem recursos suficientes para implementar todas as medidas previstas na Estratégia Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas. Além disso, o país enfrenta uma série de desafios sociais e políticos, que dificultam o desenvolvimento de políticas públicas eficazes para enfrentar as mudanças climáticas. Apesar dos desafios, o governo da Venezuela está comprometido em enfrentar as mudanças climáticas. O governo está trabalhando para desenvolver políticas públicas, cooperar com outros países e aumentar a conscientização sobre a importância de enfrentar as mudanças climáticas.
* Lucas Tonaco – secretário de Comunicação da FNU, dirigente do Sindágua-MG, acadêmico em Antropologia Social e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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