As assembleias sobre a PLR 2024 deram um recado muito claro para a gestão da empresa: decidiram por ampla rejeição à proposta de PLR e também por ampla aprovação da contraproposta construída pela diretoria do Sindieletro junto à assessoria econômica e à categoria eletricitária, visando a negociação de um acordo que prevê metas e indicadores realistas, justos e que garantam um mecanismo de distribuição equitativa.
Por que da rejeição massiva? Por que foi construída a contraproposta? As assembleias evidenciaram a grande insatisfação da categoria com os problemas da proposta apresentada pela gestão da Cemig relacionados à falta de isonomia gerada pelos indicadores específicos por gerências. Na proposta, uma gerência pode receber a PLR total e outra não receber nada ou receber proporcional.
É uma proposta com problemas de metas, e indicadores e múltiplos salariais de gerentes e superintendentes ocultos no acordo de PLR. Ou seja, com os múltiplos ocultos, ficamos sem saber como será feita a distribuição de renda dentro da Cemig. Lembrando: são metas e indicadores impostos por uma gestão subordinada ao projeto de privatização, o que também representa riscos para a categoria.
Há também problemas com os gatilhos para atingir as metas. Se o trabalhador não atingir 70% dos gatilhos, a PLR será zero, se atingir entre 70% a 100%, receberá proporcionalmente.
Com esse cenário muito ruim para a categoria, as assembleias deliberaram por uma contraproposta com uma PLR justa e de interesse de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras.
Fonte: Ascom Sindieletro-MG