O Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é um convite à reflexão sobre a importância desse elemento natural, vital para as gerações atuais e futuras, e um chamado à ação para a proteger e preservar os nossos recursos hídricos e garantir que todas as pessoas tenham acesso à água potável. É também uma grande oportunidade para falarmos sobre o saneamento e os severos riscos da privatização dos serviços de água e esgoto.
Em 2024, a maior preocupação é em relação aos impactos da mudança climática, da poluição e do aumento populacional nos recursos hídricos. Esse cenário, que afeta principalmente os grupos vulneráveis, com a redução do acesso à água potável e o aumento de doenças, revela a necessidade urgente de uma gestão democrática e responsável da água e a adoção de medidas para preservar o meio ambiente, à medida que as mudanças climáticas tornam o mundo mais quente, úmido e seco.
Neste ambiente catastrófico, a defesa da água como bem comum e direito humano necessário à sobrevivência ganha cada vez mais força, em termos globais, e no Brasil não é diferente, onde a luta contra a privatização busca criar uma nova cultura em torno da água, reforçando a conscientização sobre a importância da gestão pública do saneamento para garantir o acesso de toda a população aos serviços essenciais.

O presidente do SINDÁGUA e secretário do Meio Ambiente da CUT-MG, Eduardo Pereira, ressalta que, enquanto que no Brasil alguns governos estaduais e municipais insistem em viabilizar projetos de privatização da água, crescem no mundo movimentos que vão na direção contrária, com a devolução da gestão das águas ao controle público após períodos de concessão privada.“No mundo todo, muitas cidades estão fortalecendo os serviços públicos de água e esgoto, e outros municípios estão retomando sistemas que foram concedidos à iniciativa privada.
Com privatização, principalmente na Europa, houve aumentos nas tarifas, redução de investimentos, falta de transparência na gestão dos serviços e dificuldade de acesso à água para a maioria da população”, aponta Eduardo. “Essa mobilização mundo afora nos motiva ainda mais a seguir lutando contra a privatização. A água não pode ser transformada em fonte de lucro para as empresas privadas, em detrimentos do bem-estar da população.”

PLENÁRIA
O SINDÁGUA e a CUT-MG promovem nesta sexta-feira (22 de março), às 15h30, a plenária “Água não é mercadoria – A importância da água como bem público e as consequências da privatização”, com a participação de Eduardo Pereira (SINDÁGUA), Jairo Nogueira (CUT-MG), Euler de Carvalho (FPSF) e Cristina Maria (SOS Vargem das Flores).

O evento será realizado na sede da CUT – Rua Pedro de Carvalho Mendes, 70 – Colégio Batista – BH.

Fonte: Ascom Sindágua-MG