Artigo: Lucas Tonaco*
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A Guiné é um país localizado na África Ocidental, com uma rica variedade de recursos hídricos, incluindo rios, lagos e aquíferos. No entanto, existem desafios relacionados à segurança hídrica no país, que podem afetar tanto as áreas rurais quanto as urbanas.Um dos conflitos relacionados à água na Guiné é uma competição pelo acesso à água entre diferentes setores e comunidades. Isso inclui disputas entre agricultura, indústria, abastecimento urbano e usos tradicionais da água. A distribuição desigual dos recursos hídricos pode gerar tensões locais e regionais, especialmente em áreas onde a demanda por água é alta.Além disso, a mudança climática também desempenha um papel importante nos desafios enfrentados pela segurança hídrica na Guiné. A variação nos padrões de precipitação e o aumento da frequência de secas e inundações podem afetar a disponibilidade de água e a sustentabilidade dos recursos hídricos no país. Em termos de sistema de leis, instituições e políticas, a Guiné adotou várias medidas para enfrentar os desafios da segurança hídrica. A Lei de Água da Guiné, promulgada em 2002, estabelece o quadro legal para a gestão integrada dos recursos hídricos. A Agência Nacional de Recursos Hídricos (ANRH) é responsável pela implementação das políticas e pela coordenação das atividades relacionadas à água no país. No entanto, a evolução da implementação e da governança dos recursos hídricos pode enfrentar desafios em termos de capacidade institucional e coordenação entre diferentes atores.
Em relação aos conflitos étnicos e antropológicos, é importante reconhecer que a Guiné é um país diversificado, com várias etnias e comunidades que têm diferentes necessidades e usos da água. A gestão e distribuição equitativa dos recursos hídricos pode ser influenciada por questões étnicas, culturais e sociais, e é essencial promover a participação inclusiva de todas as partes interessadas na tomada de decisões relacionadas à água.No contexto geopolítico, a Guiné partilha bacias hidrográficas com países vizinhos, como Senegal, Mali, Costa do Marfim e Guiné-Bissau. A gestão transfronteiriça dos recursos hídricos requer cooperação, negociação e acordos bilaterais ou regionais para garantir a utilização equitativa e sustentável desses recursos compartilhados.
Nos estudos fundamentados, “Governação da Água na Guiné: Desafios e Oportunidades” de Hamidou Barry e John Ulimwengu, a “Avaliação da Governação da Água na Guiné: Relatório de Síntese” do Water Governance Facility, a “Avaliação da Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH) para as bacias hidrográficas do Níger, Senegal e Gâmbia” da Global Water Partnership e o “Nexus de Água, Energia e Segurança Alimentar na Guiné: Desafios e Oportunidades” , Esses estudos podem fornecer análises detalhadas sobre os conflitos, desafios e estratégias relacionadas à segurança hídrica na Guiné, abordando aspectos legais, institucionais, políticos, sociológicos e geopolíticos. Além disso, relatórios de organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), fornecem dados e informações adicionais sobre a situação da água na Guiné.
* Lucas Tonaco – secretário de Comunicação da FNU, dirigente do Sindágua-MG, acadêmico em Antropologia Social e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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