Os (as) trabalhadores (as) da Eletrobras, Furnas e Cepel reafirmaram na assembleia de ontem toda sua indignação contra a proposta absurda de ACT colocada pela direção privada da Eletrobras na última reunião de negociação. Para o conjunto da categoria a posição sórdida de redução de salários e a retirada de benefícios históricos, conquistado ao longo de anos de muitas lutas, não será aceita em hipótese alguma, por isso, já está se mobilizando com seus sindicatos de base para uma grande paralisação de 24 horas no dia 16 de abril, podendo ter reavaliação, em decorrência da segunda rodada de negociação, que ocorre hoje (09/04) às 09:30 em Brasília.
Os sindicatos têm colocado na mesa de negociação e seus informes que a Eletrobras não se compara com as Lojas Americanas, trata-se da maior empresa de energia da América Latina, que garante a energia consumida no país. As posições dos gestores terceirizados mostra uma total desconexão com a realidade dos trabalhadores das empresas. Não adianta tentar apresentar um discurso neoliberal, elitista, de números aleatórios, para tentar impor uma agenda canalha, de retirada de direitos. Como concordar com a redução de salários, por exemplo. Isso é inegociável!
Estas empresas representam mais que dinheiro no bolso dos investidores, elas foram criadas para o fortalecimento do país, oferecendo as condições para o desenvolvimento econômico e social de uma nação continental. Nos governos Lula, por exemplo, o crescimento do norte e nordeste, regiões sempre esquecidas na hora dos investimentos, teve um crescimento acima da média naquele momento .
Os sindicatos e seus trabalhadores não vão aceitar que aventureiros, sem nenhum compromisso com o conjunto da categoria, que sempre deu o seu melhor para que as empresas fossem reconhecidas no mundo, conduzam a Eletrobras, Furnas e Cepel como fosse uma cadeia de lojas de esquina e shopping.
Hoje, dia 09, será realizada mais uma rodada de negociação em Brasília, a posição dos sindicatos será firme contra toda e qualquer retirada de direitos, a categoria quer um ACT justo, que traga dignidade para todos e todas.
A decisão pela rejeição da contraproposta da direção privada da Eletrobras e principalmente a aprovação da paralisação de 24 horas no dia 16 de abril, mostra a maturidade da categoria em não se curvar diante da pressão de representantes do capital financeiro. A luta está só começando!
Fonte: Ascom Sintergia-RJ