O Sinergia-MS recebeu denúncias de trabalhadores da Energisa sobre a qualidade das refeições servidas na sede da instituição em Campo Grande fornecidas por um restaurante terceirizado. Os eletricitários reclamam, com toda razão, do valor exorbitante de R$ 49,90/kg e declaram que, pelo preço cobrado, a qualidade dos alimentos oferecidos deixa muito a desejar.

Sem muitas opções, os trabalhadores estão se vendo obrigados a levar suas refeições em marmitas, até porque o valor do ticket-refeição oferecido pela Energisa não é suficiente para que comam no restaurante todos os dias. Uma das grandes reivindicações dos trabalhadores, neste sentido, é que a Energisa pague um valor maior de benefício para que tenham o direito de utilizar o restaurante.

Dado o cenário, a questão que fica é a seguinte: por que ofertar um serviço que não atende, de forma justa, os trabalhadores?

Um valor alto como este cobrado pela terceirizada não apenas atrapalha, como também afasta os trabalhadores de um direito que deveria ser usado de forma plena, sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica claro o descompasso da Energisa com a realidade do trabalhador, já que ela não paga o valor da refeição que ela mesma disponibiliza.

A diferença que o trabalhador tira do bolso para se alimentar no restaurante – já que a média do vale-alimentação é de 43,00 por dia – pode parecer pouco, mas isso no fim do mês vira um montante de quase R$200,00. Para uma família, este valor faz muita diferença!

Mas enquanto faltam para uns, para outros sobram, o que a gente não sabe é para onde vão esses lucros, já que, segundo os trabalhadores, em menos de 6 meses houve pelo menos três reajustes no valor do almoço.

Depois de inúmeras exigências da categoria junto ao Sinergia-MS para melhorar a variedade do cardápio, a terceirizada acrescentou carnes ao menu, algo relativamente novo para aqueles que frequentam o restaurante. Entretanto, a inclusão de carne no cardápio aconteceu sob a condição de aumentar o preço do kg e cobrar a carne à parte quando o prato do dia não tiver a proteína. E não para por aí: o restaurante também não oferece diversidade de saladas e nem opções de comidas veganas.

Ou seja, o bolso do trabalhador pesa e ele recebe cada vez menos até na hora de almoçar.

O Sinergia-MS segue acompanhando o caso e informa que as denúncias podem ser feitas ao sindicato. A Energisa precisa rever esse “benefício” e oferecer um serviço de qualidade ao trabalhador. Comer bem é a premissa básica para ter um bom desempenho no trabalho!

Fonte: Ascom Sinergia-MS