Artigo: Lucas Tonaco*
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Auguste Comte, considerado o pai do positivismo, propôs a sociologia como uma ciência positiva da sociedade. Para Comte, os principais fundamentos da sociologia eram a observação empírica, a generalização dos fenômenos sociais e a aplicação de leis científicas para explicar e prever o comportamento humano.
Comte justificou a necessidade de uma ciência positiva da sociedade com base em sua concepção do progresso humano. Ele argumentou que a sociedade passa por estágios evolutivos e que a compreensão desses estágios requer uma análise científica sistemática. Comte acreditava que a sociedade havia progredido da teologia (explicação baseada em forças sobrenaturais) para a metafísica (explicação baseada em princípios abstratos) e, finalmente, para a ciência positiva (explicação baseada em leis observáveis e verificáveis).
Em Comte, a ciência positiva da sociedade era necessária para entender os princípios fundamentais que governam a vida social e fornecer uma base sólida para a tomada de decisões e o planejamento social. Ele via a sociologia como uma disciplina que deveria ser baseada em métodos científicos rigorosos, como a observação sistemática, a experimentação controlada e a análise estatística.
Referência:
Comte, A. (1830). Cours de Philosophie Positive [Course of Positive Philosophy]. Paris, France: Bachelier.
* Lucas Tonaco – secretário de Comunicação da FNU, dirigente do Sindágua-MG, acadêmico em Antropologia Social e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)