A Associação é DOS EMPREGADOS, mas o comando é dos PATRÕES. A direção da Copasa está produzindo mais uma irregularidade escandalosa em proposta de mudança no Estatuto da Associação dos Empregados da COPASA (AECO). Com as mudanças engendradas pela turma que hoje comanda a empresa, a luta dos associados pela “eleição direta” de todos os cargos de direção da AECO será definitivamente sepultada, se não forem impedidos de mais este escândalo.
Com a mudança estatutária proposta, o presidente da AECO será nomeado pelo próprio presidente da Copasa, sendo reconduzido a cada dois anos conforme avaliação de quem o coloca no cargo. Mais escandaloso ainda, o “Diretor Financeiro” NÃO PRECISARÁ SER ASSOCIADO da Aeco e nem funcionário da Copasa, sendo contratado pelo presidente e recebendo salários “com patamar salarial condizente ao praticado no mercado”.
O único cargo a que os associados da AECO teriam direito de eleger é o de “Diretor de Relações Institucionais”, que exige para ser candidato ter “exercido comprovadamente na Copasa cargo efetivo de Gerente de Divisão ou função equivalente, pelo período mínimo de três anos” ou em “função em qualquer especialidade da Copasa com formação superior por um período de quatro anos”.
O resumo da obra é simples: a atual direção resolveu tomar de assalto a administração de todo o patrimônio e recursos constituídos pelos trabalhadores associados da AECO ao longo dos anos.
Também escandalosamente irregular e ferindo a legislação, as mudanças no estatuto estão sendo propostas sem uma discussão prévia com os associados, tendo sido convocada ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA para o próximo dia 14 de junho, às 15 horas (no horário de trabalho), em processo de votação eletrônica que viabiliza sua aprovação com qualquer número de participantes.
Devemos ressaltar que a Copasa cortou há alguns anos todas as despesas para manutenção da AECO e todo o custo é arcado pelas contribuições mensais dos associados, para viabilizar os benefícios adquiridos com a Associação, administração de empréstimos, aplicação do seu patrimônio financeiro, gestão das inúmeras parcerias que redundam em recursos para a instituição, como seguro de vida, administração de clubes e outros.
O SINDÁGUA está sendo acionado por associados da AECO para impedir esta fraude, em denúncia no Ministério Público e ação judicial, para que a Associação DOS EMPREGADOS não seja conduzida de forma “privada”, colocando em risco todo o patrimônio constituído.

Fonte: Ascom Sindágua-MG