Uma das críticas feitas por grande parte da categoria e registrada na última edição do jornal Linha Viva foi sobre a ausência do Presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, e demais diretores, para dar explicações à sociedade sobre os problemas recentes na empresa que afetam trabalhadores e parcela considerável da população catarinense. Num passado não muito distante, a empresa teve presidentes – como Cleverson Siewert – que davam a cara a tapa e iam até os meios de comunicação explicar os problemas e dar uma satisfação aos consumidores.

Pois eis que, após a crítica à omissão de Tarcísio, ele apareceu. Ao contrário do que se esperava, ele não apareceu para dialogar com a sociedade e explicar ao povo o que está acontecendo na Celesc. Tarcísio apareceu num vídeo da rede interna da empresa para [finalmente] dialogar com os trabalhadores e aproveitar para criticar a Intercel. É importante destacar que, pessoalmente, ele ainda não teve coragem de visitar as lojas da Celesc onde estão os consumidores mais indignados e revoltados com sua gestão.

A fala na rede interna ou é de um presidente mal informado ou mal intencionado: afinal, Tarcísio afirma que achou “injusto a Intercel jogar a população contra esses empregados”. Ora, em que momento a Intercel jogou a população contra celesquianos e celesquianas?

Não custa, mais uma vez, recapitular: a Intercel, em contato com atendentes comerciais do estado todo, inseguros com a mudança de sistema, fez apelos pelo adiamento da mudança de sistema ainda no mês de março. Quem pegar edições do jornal Linha Viva dos meses de março e abril de 2024, constatará que a Intercel já estava preocupada com os efeitos da mudança de sistema sobre a saúde dos empregados e com possíveis danos à imagem da empresa. Tarcísio e sua diretoria ignoraram os alertas dos sindicatos. Não deram bola para a insegurança de atendentes, não se esforçaram por treinar melhor os funcionários e deram de ombros com a evidente falta de pessoal que fez com que o estrago fosse ainda maior (se tivesse número de empregados suficiente no atendimento, como a Intercel vinha cobrando desde o início de 2023, o dano à imagem da Celesc seria consideravelmente menor). Tarcísio ignora esse fato propositalmente.

Antes da mudança de sistemas, a Intercel também se reuniu com o Diretor Comercial, Vitor Guimarães, e fez os alertas – sem sucesso.

Após a mudança, novas reuniões internas (com representantes da Direção da Celesc) para tentar amenizar o sofrimento dos atendentes. Em nenhuma delas, o presidente esteve presente. Por que será?

A Intercel nunca questionou a competência dos trabalhadores que estão tocando, com muita responsabilidade, a mudança de sistemas. Mas decisões da alta cúpula tornaram a vida desses trabalhadores – como aqueles que estão na ponta – muito mais difícil. A comunicação feita com a população foi mais uma das falhas graves.

Atendentes comerciais de diferentes regiões do estado foram chamados para participar de reunião com a representação da Direção da empresa. São TESTEMUNHAS do empenho da Intercel em solucionar o problema dentro dos portões da companhia. Ocorre que, quando, por mais de um mês, atendentes passam a ser agredidos verbalmente, de maneira injusta, adoecem, chegam ao ponto de serem ameaçados de agressão física, é necessário que os sindicatos indiquem para a população que a sua raiva não deve ser descontada nos trabalhadores (vítimas do processo), mas, sim, em quem tem a caneta na mão e poderia ter evitado o caos: presidente e diretoria da Celesc.

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https://sinergia.org.br/2024/06/20/presidente-tarcisio-finalmente-aparece-mas-para-atacar-sindicatos/