Mulheres de todo o país, representantes de entidades sindicais, organizações não governamentais, mandatos políticos e sociedade civil participaram do 3º Encontro da Marcha Mundial das Mulheres, em Natal (RN), entre os dias 6 e 9 de julho.
As urbanitárias também estiveram presentes! A FNU foi representada por sua secretária da Mulher, Sônia Mendes (Sintern); e pelas dirigentes Sílvia Alves Ferreira (FNU e Sindágua-MG) e Janete Rodrigues da Silva (CNU e Stiu-AC).
O evento reuniu mais de mil mulheres de todo o Brasil para debater direitos e combater a violência de gênero e culminou com o ato público “Feminismo é Revolução: Por Soberania Popular e dos Nossos Corpos” e a grande caminhada pelas ruas de Natal.
Para Sônia Mendes, “o Encontro foi um importante passo para construir uma agenda conjunta e avançar nas políticas públicas, fortalecendo os direitos das mulheres no Brasil”. A secretária da Mulher da FNU reforça a importância do espaço, que debateu conjuntura, formação e socialização para as mulheres. As representantes das urbanitárias aproveitaram a oportunidade para denunciar as ações de desmonte das empresas e serviços públicos e a privatização dos serviços de energia elétrica e de saneamento que ocorrem em vários estados.
O 3º Encontro Nacional foi dividido em três eixos principais: leitura da conjuntura, construção de alternativas e organicidade e homenageou Nalu Faria, fundadora e dirigente feminista, socialista e uma das principais articuladoras para a construção da Marcha Mundial das Mulheres, que faleceu em outubro do ano passado, aos 64 anos. O evento contou também com a presença de uma delegação internacional da Marcha Mundial das Mulheres, incluindo a turca Yildiz Temürtükan, Secretária Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, a venezuelana Alejandra Laprea, representando o secretariado internacional, e as turcas Pınar Yüksek e Pınar Abdal.
“A Marcha Mundial das Mulheres é uma forma de luta e resistência e as urbanitárias estão integradas à luta feminista que é pelas políticas públicas contra a violência e contra as formas de opressão e vai além, perpassando pela preservação do meio ambiente e pelos direitos humanos”, enfatiza Sônia Mendes.
Declaração do 3º Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres:
“Feminismo é revolução: por soberania popular e de nossos corpos”
O encontro teve como resultado a publicação de uma declaração reforçando o papel do feminismo para a construção da agenda de lutas coletivas dos movimentos sociais e populares. “O 3º Encontro Nacional, sintetizou o sentido político do nosso movimento, mudando o mundo e a vida das mulheres, através da auto-organização em cada lugar em que vivemos, trabalhamos e atuamos”.
A declaração completa elaborada pela Marcha Mundial de Mulheres pode ser lida aqui.