Imagens da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Copasa, em Salinas estampam o retrato desolador do sucateamento a que a empresa está submetida nos últimos anos, depondo negativamente à expectativa de trabalho de qualidade de qualquer cidadão que veja a criminosa situação de abandono.
Em visita ao local, onde ele próprio trabalhou como operador de ETE, o presidente do SINDÁGUA, Eduardo Pereira, fez registros que demonstram o pouco caso que os gestores da empresa têm com o patrimônio da Copasa, com a estação dilapidada, mato crescendo, capim nas vias de acesso, montes de tubos velhos acabando no tempo, registros sem funcionar, trincas na estrutura.
Além de comprometer as condições de trabalho em um local de difícil acesso, as condições deploráveis agridem a proteção ambiental e não suportariam uma vistoria dos órgãos fiscalizadores.
Na ETE estão lotados cinco trabalhadores, três operadores e dois auxiliares, mas com a falta de pessoal na empresa, a estação é operada por apenas dois operadores em escala de revezamento, um por vez, com o profissional, que trabalhando isolado, sozinho. Os demais trabalhadores foram deslocados para fazerem serviços de rua, manutenção de rotina, tirarem vazamentos, refluxos, deixando a ETE nas mãos de apenas um companheiro, que precisa se desdobrar para entregar uma produção para, no mínimo, de 80% a 90% de eficiência, quando a legislação exige apenas 60%.
Eduardo produziu um vídeo, e qualifica a “a situação como deplorável, que penaliza a imagem da empresa diante de uma população que precisa de qualidade em serviços de saneamento, sujeitando os trabalhadores a uma forma desumana para cumprir suas responsabilidades”.
O retrato deplorável certamente provoca revolta e exige que a direção da empresa tome medidas para não apresentar à população a imagem de deterioração dos serviços públicos essenciais ao povo.
Fonte: Ascom Sindágua-MG