Na semana em que a Light abre a programação do SIPAT 2024, vale lembrar o quanto é fundamental valorizar a saúde mental dos trabalhadores e das trabalhadoras. Pois, ao longo dos anos, em todas as denúncias de assédio moral ou sexual feitas pelo sindicato junto à empresa, a resposta dada pela Direção da Light é que não faz parte das suas administrações conviver com esse tipo de prática, tem sido um lugar-comum.
Desde a campanha salarial, a direção do sindicato e os representantes sindicais vêm recebendo denúncias de assédios na Superintendência de Serviços Compartilhados (Gerência de Leitura e Coordenação de Leitura). Em reunião com o diretor de Recursos Humanos, Vinícius Roriz, foram apresentadas denúncias de assédio e ameaça de demissão de funcionários por parte dessa superintendência.
A alegação de que é difícil a comprovação, bem como a manutenção da vítima no mesmo local do assediador, é mais do que constrangedor, fere a dignidade da pessoa. Para o Sintergia-RJ, essa postura complacente faz com que a maioria das vítimas desista das suas denúncias, e esse tipo de impunidade não pode continuar.
Para o Sintergia-RJ, a transferência da vítima, sem a devida apuração e a devida punição aos assediadores, configura apenas uma medida paliativa, que os empoderam ainda mais para continuar com essa conduta inadmissível em um ambiente de trabalho.
Essa situação tem sido recorrente mesmo quando tendo sido denunciado ao Comitê de Ética, a gerência superior ou mesmo ao Sindicato.
O Sintergia-RJ entende que este tipo de assediador deveria ser desligado da empresa, pois a cultura empresarial moderna e mais inclusiva, que a Light diz adotar, não deveria ter em seus quadros pessoas com esse tipo de prática.
A Direção do Sindicato defende o amplo direito de defesa, mas não vai tolerar que esse argumento sirva de espaço para não serem tomadas atitudes para punir o assediador, quando comprovado, e preservar as vítimas.
Fonte: Ascom Sintergia-RJ