O que foi conversado na mesa de negociações foi muito diferente de um resumo de proposta que a Copasa enviou ao SINDÁGUA nesta terça-feira, 1º de outubro. Mais grosseiro ainda, a empresa declara que a tal proposta tem validade até 4 de outubro, cobrando realização de assembleia para submeter a proposta aos trabalhadores, como se fosse possível ao Sindicato reunir a categoria em todo o Estado em dois dias.
No documento enviado pela empresa temos apenas três pontos: reajuste de salários e benefícios econômicos pelo INPC de 12 meses; mudança da cláusula de garantia de emprego cheia de “pegadinhas”; e tentativa de indenizar a descontinuidade do pagamento do VA/VR em horas extras, para que os trabalhadores cumpram jornada excedente com fome.
O mais gritante está na proposição de incluir um parágrafo na Cláusula de Garantia de Emprego”, em que as expressões “poderá ser ofertada”… “eventual oportunidade de trabalho”… e “conforme disponibilidade de vagas” em que os empregos dos trabalhadores onde a Copasa perder concessões podem ser vitimados com demissões sumárias, caso se enquadrem nas condições impeditivas de realocação.
É, no mínimo, absurdo a empresa teimar em não garantir a database da categoria em 1º de novembro, não nos dando uma expectativa de negociação até esgotarmos a pauta de reivindicações.
Em ofício onde recusamos a proposta de pronto, informamos também à empresa a total impossibilidade de realizar assembleia em curto prazo, diante da dimensão do Estado e nossa prática de ouvir os trabalhadores em todas as bases, capital e interior.
Esperamos que a empresa retroceda de sua postura e possamos construir um acordo coletivo com uma discussão transparente e efetiva, para assegurar a plena condição de trabalho para continuarmos prestando um serviço de qualidade no saneamento para toda a população.
Na reunião, realizada em 27 de setembro, a comissão patronal demonstrou estar de acordo em agendar uma nova reunião para continuidade das negociações e aguardamos que assim o façam.
Fonte: Ascom Sindágua-MG