A Cemig Saúde publicou uma mudança estatutária, realizada de forma unilateral no ninho das patrocinadoras, que altera a condição de patrocinadora da Cemig e abre possibilidade de entrada de outras empresas fora do nicho econômico da Cemig. O BDMG já comunicou aos seus trabalhadores que eles serão migrados para o plano de saúde na Cemig Saúde.

O governo do Estado quer matar dois coelhos com um só tiro de perversidade. De um lado, livra o BDMG de suas obrigações de custeio do plano de saúde dos seus trabalhadores. Por outro, quebra o PSI dos eletricitários, trazendo para dentro da Cemig Saúde uma carteira de alta sinistralidade (envelhecida e de alto custo), sem qualquer diálogo ou transparência com a representação dos beneficiários.

Enquanto dificulta a vida dos beneficiários do PSI com atendimento ruim, retirada de prestadores, negativas constantes e desmonte geral da Cemig Saúde, o presidente da operadora, a mando da gestão Zema, quer trazer para dentro da Cemig Saúde os problemas não resolvidos de outras empresas do estado – tudo para facilitar a vida da incompetente gestão de forasteiros que dilapidam o patrimônio mineiro.

 

Quem vai pagar essa conta?

Os beneficiários querem saber quem vai pagar essa conta! Quais recursos serão usados para subsidiar essas iniciativas, feitas sem qualquer estudo de viabilidade e apenas por vontade política dos gestores do Estado? A intenção seria usar o fundo garantidor do PSI? Precisamos estar atentos a mais esse ataque.

Eles já retiraram dinheiro do PSI para criar novos planos de sustentabilidade duvidosa em 2023, a pedido das patrocinadoras. Já patrocinaram um reajuste negativo no início de 2024 que está causando enorme desequilíbrio nas contas da Cemig Saúde enquanto se economiza milhões para a Cemig. Já retiraram o ônus do custeio do salário do presidente da Cemig Saúde, que antes era da patrocinadora Cemig; atualmente o valor está nas costas dos beneficiários, sendo pago com recursos da Cemig Saúde!

Em retribuição à graça da gestão Zema, o indigno presidente tem desmontado a operadora por meio de dezenas de demissões de trabalhadores que possuem expertise e qualificação. Para os que ficam, resta pressão e adoecimento para cumprir suas diretrizes insanas. Grande parte destas diretrizes serve para atender aos pleitos políticos da turma de Passanezi e do governo. Os sacrificados, é claro, são os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores que construíram a Cemig.

Fonte: Ascom Sindieletro-MG