Os trabalhadores confirmaram nas assembleias realizadas em todo o Estado e ainda pela votação online o que o SINDÁGUA já havia antecipado na mesa de negociações com a Copasa: a contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho 2024 está REJEITADA!
A rejeição dos trabalhadores aconteceu na unanimidade das assembleias com manifestações de repúdio às práticas de gestão implementadas na empresa, exercendo forte pressão sobre os trabalhadores, ameaças constantes de desemprego para substituir por mão de obra terceirizada e corpo mole seguindo orientação do governo de Minas para desestruturar a Copasa, sucatear as unidades operacionais e realizar realocação de trabalhadores que obriga sacrifício às famílias dos atingidos. Todas estas questões somadas justificam a grande preocupação dos trabalhadores com a cláusula de “Garantia de Emprego”, que tem na contraproposta da Copasa uma modificação em parágrafo que permite aos gestores da empresa simplesmente escolherem quem eles querem “mandar embora”.
Além desta cláusula que deixa as demissões na “corda bamba”, a empresa não acenou com grande expectativa de ganho real nos salários, cartões alimentação e demais benefícios socioeconômicos, mesmo diante de uma lucratividade explosiva, estratosférica distribuição de dividendos aos acionistas e um nível de produtividade muito alto dos trabalhadores, com o grande aumento de número de ligações cada vez com menos empregados.
A categoria se mostra também extremamente contrariada com a terceirização da elaboração do PCCS e da Avaliação de Desempenho, dois instrumentos criados para moralizar a contratação e administração de pessoal que foram abandonados e jogados no lixo pela gestão da Copasa, que encheu sua administração de paraquedistas em cargos estratégicos que exigiam ser ocupados por pessoal em cargos de carreira, submetidos aos concursos públicos.
Também repudiou a tentativa de comprar o absurdo fim do VA/VR com míseros R$321,00, mantendo trabalhadores com fome em horas extras, ignorando também que este direito está sub júdice, em ação do SINDÁGUA na Justiça para garantir o benefício.
A categoria determinou ao SINDÁGUA buscar retorno à mesa de negociações, para melhorar as condições que possam viabilizar o Acordo Coletivo 2024.
A REJEIÇÃO da categoria será comunicada à Copasa nesta segunda-feira e aguardamos convocação para reunião em que esperamos construir uma proposta decente e respeitosa.
Fonte: Ascom Sindágua-MG