Uma pequena nota no jornal O Tempo, com o título “Bolsa sempre atenta e curiosa”, coloca sob suspeição a valorização de ações da Copasa, no último dia 11 de novembro, que tiveram oscilação de 4,81%, além de um volume extraordinário de compras nos dias anteriores.
As ações da Copasa tiveram uma alavancagem de compras de tal forma que levaram a Bolsa de Valores (B3) a entrar em contato com a empresa para identificar se teria ocorrido algum fato relevante que justificasse as grandes movimentações no volume de negócios e no valor das ações transacionadas. Apenas no dia 6, foram negociadas ações que atingiram mais de R$ 109 milhões de compras.
O diretor financeiro da Copasa, Carlos Augusto Botrel Berto, respondeu ao ofício da B3, afirmando não ter conhecimento de qualquer ato ou fato relevante pendente de divulgação que pudesse justificar tais oscilações.
O “fato relevante” que deixa o mercado esfuziante estaria pra acontecer. No dia 15 de novembro, feriado da Proclamação da República, o governo Zema protocolou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto para a privatização da Copasa e da Cemig, que motivou a valorização das ações compradas nas vésperas bem mais baratas pelos especuladores financeiros, fazendo fortuna instantânea.
Isso é o governo Zema, que, além de querer vender um patrimônio vital para serviços essenciais de energia e saneamento, é colocado sob suspeição pelo mercado de ações.
A nota do jornal, em tom irônico, levanta a suspeita de “ações” casadas e vazamento de informações privilegiadas de medida que afeta a empresa pública na Bolsa, que merecem ser investigadas.
Fica demonstrado que não há limites para arrancar fortuna do patrimônio do Estado, vampirizado sem o menor escrúpulo, destruindo um instrumento empresarial público para prestar serviço essencial de saneamento à população.
Fonte: Ascom Sindágua-MG