Após o processo que culminou com o leilão parcial da concessão dos serviços e abastecimento de água e esgotamento sanitário do estado e, posteriormente, o Plano de Demissão Voluntária (PDV) na DESO, o SINDISAN vem cobrando reiteradamente a direção da empresa sobre a reestruturação para o novo cenário que se desenha com a privatização do saneamento e a saída de trabalhadores e trabalhadoras que pediram desligamento pelo Acordo Coletivo ou aderiram ao PDV (somando, já saíram ou estão de saída 585 companheiros/as). Neste novo cenário, a DESO ficará apenas com a captação e tratamento da água bruta.

Segundo informações, o Governo do Estado assina o contrato da concessão com a Iguá Saneamento no dia 18/12, e, a partir do dia 2 de janeiro do ano que vem, será dado início ao período de operação assistida entre DESO e a concessionária privada. Durante seis meses, a Companhia passará informações técnicas e fará a transferência dos serviços de distribuição de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos, além da área comercial. Todos esses serviços ficarão com a Iguá.

Pois faltando pouco mais de seis meses para que essa nova realidade se estabeleça, a direção da DESO ainda não apresentou um plano de reestruturação, e algumas perguntas se fazem necessárias: Como ficará o novo organograma da Companhia? Quais os cargos para essa nova estrutura? Os R$ 450 milhões para investimento oriundos da outorga serão aplicados como e onde? Como a companhia cumprirá o contrato de produção de água e de interdependência que serão assinados com a Iguá Saneamento?

O tempo não para e a falta de planejamento da DESO continua gritante.

Fonte: Ascom SINDISAN