A Copasa divulgou o balanço anual na última segunda-feira (24/3), mas não é possível, somente com base nos resultados apresentados pela empresa sobre o exercício de 2024, calcular o valor médio da Participação nos Lucros (PL) que será paga a cada trabalhador. O montante ainda será definido em reunião do Conselho de Administração, de acordo com a nova fórmula de cálculo adotada pela Copasa. Só então o SINDÁGUA poderá apurar o valor médio da PL, dividindo o montante pelo número de trabalhadores que consta no balanço anual da empresa, para divulgá-lo para a categoria. No entanto, o Conselho de Administração já definiu que a PL será paga no final de abril, em parcela única.
O Sindicato é contra a nova fórmula que a Copasa passou a utilizar em 2022 para calcular o montante destinado aos trabalhadores e entrou com uma ação na Justiça questionando os valores da PL de 2023, paga em 2024. Conforme levantamento realizado pelo Sindicato, a empresa arrancou R$ 20 milhões do total a ser pago à categoria, de forma linear, para distribuir, com esses recursos, bonificações elevadas a superintendentes e gerentes, quebrando a isonomia definida em Acordo Coletivo de Trabalho Extraordinário.
De acordo com análise preliminar do Sindicato, que não é conclusiva, apenas comparando os lucros registrados pela empresa nos dois últimos exercícios, o valor médio da PL de 2024 será mais ou menos semelhante ao do ano anterior. Em 2024, o lucro foi de R$ 1,32 bilhão, 4,5% menor que os R$ 1,38 bilhão de 2023. O pagamento da PL será feito de forma linear, como previsto no Acordo Coletivo assinado em novembro do ano passado, com a distribuição de 6,25% do lucro líquido da empresa, a ser rateado numa divisão pelo número de trabalhadores efetivos da empresa.
É importante lembrar que a PL linear é uma conquista histórica da categoria, alcançada após muita luta coletiva dos trabalhadores, com diversas mobilizações e uma greve de nove dias, jogando por terra o antigo sistema de distribuição proporcional aos salários, que privilegiava os altos cargos, em detrimento da maioria dos trabalhadores, que recebiam bonificações miseráveis, mesmo com o esforço, empenho e responsabilidade de todos para garantir as metas e resultados operacionais e financeiros da empresa.
Fonte: Ascom Sindágua-MG