O Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA2018 – começa neste sábado (17/3), às 9 horas, no Centro Comunitário UnB Athos Bulcão (Asa Norte – Brasília), com a Assembleia Popular das Águas.
Na ocasião serão prestados importantes relatos de cidadãos, que diariamente sem visibilidade pela mídia, lutam pela defesa da água. São exemplos de lutas emblemáticas como: contra os vazamentos de rejeitos de mineradoras – Mariana e Barcarena -, pela sobrevivência do Rio São Francisco, contra irrigação da lavoura com agrotóxicos, entre tantas outras.
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ANTÔNIA MELO e a luta contra a construção da hidrelétrica Belo Monte, em Altamira. Denúncia dos impactos socioambientais sobre a vidas dos povos índigenas, ribeirinhos e moradores das cidades na região.
GEOVANI KRENAK e a (r)existência do povo indígena Krenak depois do crime da mineradora Samarco VALE/BHP Billinton na bacia do Rio Doce.
SANDRA AMORIM vai trazer o relato do mais recentemente vazamento de rejeito de bauxita da mineradora Hydro Alunorte em Barcarena e do assassinato da liderança comunitária na região. Pra se manifestar contra a onda de assassinatos e violências aos defensores da vida e do bem comum,
MARINA ROCHA trará a luta dos povos e comunidades tradicionais que lutam pela sobrevivência do Rio São Francisco.
EDILSON NETO vem denunciar a expansão do agronegócio da fruticultura irrigada ameaçando o aquífero Jandaíra e o território camponês da agricultura familiar e agroecológica da Chapada do Apodi.
FLAVIO DO CARMO vem denunciar a realidade local que vivem as famílias no DF vítimas de uma política de gestão hídrica que sacrifica o reservatório de Descoberto ao invés de preservar o conjunto dos pequenos e outros grandes mananciais do DF. Vem trazendo também a esperança que existe no assentamento Canaã, próximo à barragem, que é modelo em agrofloresta e regeneração do solo, com sistemas de coleta de água da chuva e tecnologias sociais que integram cidade e campo.
OSCAR OLIVEIRA porta-voz da revolta popular que ocorreu em Cochabamba, a terceira maior cidade da Bolívia no ano 2000, contra a privatização do sistema de gestão municipal de água, depois que as tarifas cobradas pela empresa Aguas del Tunari (filial do grupo norte-americano Bechtel) dobraram de preço.
O Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA 2018 – entre os dias 17 e 22 de março, em Brasília
O FAMA questiona a legitimidade do ‘Fórum das Corporações” – autodenominado 8º Fórum Mundial da Água – como espaço político para promoção da discussão sobre os problemas relacionados ao tema em escala global, envolvendo governos e sociedade civil. Dizemos NÃO ao Fórum Mundial da Água, apontando a falta de independência, representatividade e legitimidade do conselho organizador, por estar comprometido com empresas que têm como objetivo a mercantilização da água.
Infome-se aqui sobre o FAMA 2018
PARTICIPE DO FAMA2018!
A Federação Nacional dos Urbanitários – FNU -, que apoia e integra a coordenação nacional do FAMA 2018, subscreve o Manifesto do Fórum Alternativo Mundial da Água por entender que “água deve estar a serviço dos povos de forma soberana, com distribuição da riqueza e sob controle social legítimo, popular, democrático, comunitário, isento de conflitos de interesses econômicos, garantindo assim justiça e paz para a humanidade”.