O Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgotos de Sergipe – SINDISAN reuniu, na última quinta-feira, 15, em sua sede, representações de vários sindicatos e entidades do movimento civil organizado para a construção da 2ª Caminhada da Água pelas ruas de Aracaju, que se realizará no próximo dia 22, quando se comemora do Dia Mundial da Água. A concentração será às 15 horas, em frente à sede da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Participaram da reunião dirigentes do SINDISAN, representantes de base da categoria, dirigentes da CUT e de outros sindicatos, como Sintese, Stase e Senge, e representantes de movimentos sociais e eclesiais, como MOTU, MPA, MST, MTST, Levante Popular da Juventude e Cáritas Arquidiocesana de Aracaju, entre outros, além de representantes dos mandatos da deputada estadual Ana Lúcia (PT), do deputado federal João Daniel (PT) e do vereador de Aracaju, Iran Barbosa (PT).
Na ocasião, as entidades colocaram as suas necessidades para o dia do evento e firmaram o compromisso de participação proativa para que a marcha programada para o Dia Mundial da Água seja bastante significativa, a fim de despertar a consciência da população sobre a necessidade de defender a água como um bem comum e de direito coletivo, e que não pode ser tratada como mercadoria para gerar lucro para grandes grupos econômicos e acessível somente a quem puder pagar.
O Movimento dos Pequenos Agricultores e Agricultoras de Sergipe (MPA/SE), por exemplo, deverá expor, nos espaços que o Sindisan disponibilizará na Praça Fausto Cardoso, no centro da Capital – onde a caminhada se encerrará – produtos agrícolas fruto do uso racional da água em regiões onde o MPA atua. “Vamos poder mostrar a população o resultado do que produzimos graças ao acesso que temos à água, o que mostra a importância de estarmos defendendo à água como um direito de todos”, explicou Rafaela Alves.
A estudante de Arqueologia (UFS) e dirigente do Levante Popular da Juventude, Luciana Costa, lembrou que foi a organização dos trabalhadores junto com os movimentos sindical e social que evitou a possível venda da Deso para a iniciativa privada, como pretendiam os governos federal e estadual, e que agora é hora de defender a água como direito humano e universal.
“Os estudantes e os trabalhadores estarão unidos nessa caminhada para comemorar essa vitória pela não privatização da Deso, mas também para dialogar com a população sobre a importância de todos terem acesso à água de qualidade. Nesse sentido, é importante a juventude estar organizada e presente, porque essa é uma luta que nos diz respeito também”, defendeu Luciana.
Para Sílvio Sá, presidente do Sindisan, é muito importante a soma de esforços para construir uma grande marcha no dia 22 e ajudar a despertar a consciência da população sobre o direito humano à água e contra a privatização desse recurso escasso e tão importante para a humanidade.
“Essa construção tem que ser coletiva, não pode ser tarefa de um único sindicato ou de uma única entidade. Defender a água e o acesso a ela é tarefa de todos, e os trabalhadores urbanitários devem se somar a essa luta, porque ela é muito importante para nós também. Acabamos de sair de uma grande luta, que foi a defesa da Deso como empresa pública, contra a sua privatização. O governo recuou, mas ganhamos apenas uma batalha, a guerra contra a privatização ainda não. Por isso é de suma importância estarmos unidos com os movimentos sindical e popular na defesa da água e do saneamento como direitos da população, não como mercadorias nas mãos da iniciativa privada”, colocou Sílvio.
Fonte: George W. Silva / Ascom-Sindisan