O encontro é resultado da mobilização iniciada no dia 14 de março, quando a direção do Sindieletro se reuniu com o secretário de Estado de Planejamento, Helvécio Magalhães, e com o presidente da Cemig, Bernardo Salomão. Na audiência foi solicitada resposta para demandas que o Sindieletro vem tentando sem sucesso tratar com os gestores da Cemig. Veja alguns dos assuntos que serão tratados na mesa.
PLR e Abono – No momento em que a Cemig comemora no mercado um lucro 200% acima do registrado em 2016, mas desconsidera o esforço dos trabalhadores para os resultados coletivos, o Sindicato cobrará, novamente, a abertura de negociação do abono, aprovado em assembleias para pagamento em abril de 2018, em substituição à PLR referente a 2017. Também reivindicamos o início de negociação da PLR 2019.
Fechamento de localidades – O absurdo fechamento das localidades da Cemig, que ocasionará o fim do atendimento em centenas de municípios, além da transferência de eletricitários, será pauta prioritária nas reuniões. A estratégia da empresa é esvaziar as localidades para que, em breve, todas sejam fechadas. Cobraremos da Cemig a manutenção e ampliação dos postos de trabalho nas localidades, com primarização.
PDVP – O PDVP fere a boa fé das negociações coletivas ao propor, inclusive para a base do Sindieletro, a quitação plena dos direitos trabalhistas. Exigiremos que a empresa cumpra o ACT assinado conosco, que não prevê programas de desligamento, muito menos a quitação plena de direitos.
Cemig Saúde – Cobraremos a responsabilidade da gestão da Cemig e do Governo do Estado sobre os abusos na Cemig Saúde. Não respeitaram o acordo coletivo específico e resolveram tudo à portas fechadas. A nossa proposta sempre foi pela ampliação dos familiares no Plano, o que não aceitamos é a ilegalidade do reajuste diferenciado por faixa etária. Lembramos que o reajuste indevido foi aplicado sobre todos os dependentes especiais do plano, viabilizado por meio de uma sorrateira manobra que criou um novo plano de saúde e transferiu todos os participantes compulsoriamente.
Assédio Moral – Diante de várias denúncias de assédio moral que permanecem sem qualquer investigação por parte da empresa, o Sindicato entende que a prática pode estar sendo utilizada como estratégia de gestão pela estatal. São vários casos que precisam ser tratados imediatamente.
Seleção e mobilidade interna – Definição, com participação do Sindicato, de critérios transparentes e objetivos para a seleção e mobilidade interna.
Sindicância – Revisão dos processos de sindicâncias que têm sido usadas como instrumento de perseguição de trabalhadores (as) em diferentes localidades.
Credenciamento de técnicos – Solicitaremos resposta para a recusa da Cemig ao credenciamento dos técnicos do projeto de expansão da distribuição, nos serviços de campo, negociado com a empresa em novembro de 2015, mas ainda não realizado.
Readaptações – Já cobramos do governo do Estado uma solução para as readaptações funcionais, item que consta na nossa pauta do Acordo Coletivo de Trabalho desde 2015, mas que tem sido descumprido pela empresa.
Inventário – Também está sendo cobrada a realização de inventário social na equipe da Rede de Distribuição Subterrânea (RDS) como já foi negociado com o RH/RT em junho de 2017, mas ainda não atendido.
Forluz – O Sindieletro também cobra, junto ao governo e a empresa, a reabertura de debate e negociação sobre as alterações nos Planos A e B da Forluz, categorias em que a Fundação indica grave intenção de acabar com os planos vitalícios, colocando em risco o mutualismo dos planos.
Cemig Saúde no interior – Cobraremos, também, a garantia de atendimento da Unimed para os participantes da Cemig Saúde no interior do Estado,quando a rede conveniada própria não for suficiente. Deixar os participantes com atendimento precário, como ocorre, por exemplo, em São João Del Rei, é inaceitável.
Desconto de greve – Nas reuniões de abril, solicitaremos a solução das pendências relacionadas ao desconto feito na folha de alguns trabalhadores dos dias de greve.
Cedidos à Gasmig – O Sindicato também cobrará o reconhecimento da igualdade de direitos e de tratamento para os trabalhadores da Cemig cedidos para Gasmig. Hoje esses eletricitários são deixados à margem das políticas de RH da Gasmig e da Cemig.
Primarização – Nas reuniões agendadas, a direção do Sindicato cobrará a primarização das atividades prometidas pelo governo do estado e acordadas com a empresa, inclusive a operação e a manutenção da Usina de Irapé, que foram terceirizadas em 2017. Essa medida será importante para a segurança e confiabilidade do sistema.
Saúde e Segurança – Definição de uma política de saúde e segurança, com participação do Sindieletro, inclusive sobre a atuação das Cipa’s e Sipat’s.
Terceirização – Para o melhor controle de acidentes no sistema da Cemig voltaremos a pautar a exigência, nos contratos com as empreiteiras, do CNAE do setor elétrico como principal.
PCR – Reafirmaremos que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), elaborado unilateralmente pela empresa, não traz nenhum avanço para os trabalhadores (as) no que se refere à possibilidade de crescimento na carreira e evolução na remuneração. Cobraremos a reelaboração conjunta do plano.
Quality – Empreiteira da Cemig comete várias irregularidades e trabalhadores protestam, contra o desrespeito. E cobram regularização da situação irregular e da situação de assédios e perseguições. As demandas dos trabalhadores da Quality serão levadas para a reunião desta segunda, dia 09.
Como você pode perceber, o ano mal começou a já temos inúmeros desafios. E a pauta vai além dos citados acima. A mudança na política de gestão da Cemig não acontecerá da noite para o dia. Muito menos sem o apoio e a mobilização da categoria.
Por isso, participe dos debates nas setoriais, mobilize-se com o Sindicato e ajude a transformar essa realidade. A Cemig é nossa: do povo mineiro e dos eletricitários (as).