O fechamento da Fafen será um duro golpe na economia do estado de Sergipe. Já não é novidade para ninguém que o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer, do (P)MDB, trabalha para sucatear e vender o patrimônio público nacional a preço de banana para o capital internacional. E a Fafen-SE está na mira dos golpistas. A ideia é colocar novamente o Brasil de joelhos e submisso às grandes potências capitalistas. Ou seja, é voltar ao Brasil da era anterior a Lula, quando o país amargava a total dependência externa e aos ditames do FMI e do Banco Mundial.

Com esse objetivo, o atual presidente da Petrobras, o tucano e privatista de carteirinha Pedro Parente, confirmou, no último dia 19 de março, a retirada da estatal do importante setor de fertilizantes e o consequente  fechamento da Fafen de Sergipe, assim como a unidade  da Bahia.

Se isso vier a se efetivar, o impacto na cadeia produtiva de Sergipe será imenso, assim como o impacto negativo na economia do estado será gigantesco, afetando sobremaneira os moradores da região do Vale do Cotinguiba – Maruim, Riachuelo e Laranjeiras. Se isso já é catastrófico para a população sergipana, também será para a Deso.

“A Fafen é a maior consumidora dos serviços da Deso. Por mês, ela paga cerca de R$ 3 milhões de fatura. Isso representa R$ 36 milhões ao ano de injeção de recursos na Deso. É uma quantia considerável e muito importante para a Companhia. Por isso e pelo que representa a Fafen para Sergipe, é muito importante que todos nós, sindicato e trabalhadores da Deso, nos somemos à luta contra o seu fechamento e possível privatização  lá na frente, porque é esse o objetivo final do governo federal, não tenham dúvida “, externou Sílvio Sá, presidente do Sindisan.

Pressão

A preocupação com o possível fechamento da Fafen-SE tem mobilizado diversos segmentos políticos e sindicais. Diante da notícia, no último dia 27, o então governador Jackson Barreto, do (P)MDB, juntou-se à deputados e senadores da bancada federal de Sergipe e foram até o presidente da Petrobras pressionar pelo não fechamento da unidade de Sergipe, expondo a importância dela para o estado. A pressão surtiu efeito e o fechamento foi adiado. Foram dados 120 dias (a partir de 30 de junho) para que o governo estadual apresente alternativas para a manutenção da Fafen-SE.

“Para um estado pobre como o nosso, o fechamento da Fafen é impensável. Além disso, num país exportador agrícola como o Brasil, um dos maiores do mundo, não há a menor justificativa para o fechamento de uma fábrica de insumos para fertilizantes e uréia pecuária. Só mesmo a sanha privatista do governo Temer para isso. Vamos cerrar fileiras com os companheiros do Sindipetro e fortalecer a luta em favor da Fafen”, disse Sérgio Passos, secretário-geral do Sindisan.

​Fonte: George W. Silva / Ascom-Sindisan