Em defesa das empresas públicas do setor elétrico, o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), representante dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobras, lança a 2º edição da cartilha “Eletrobras: segurança energética, soberania nacional e redução do custo Brasil”, que tem como objetivo subsidiar a discussão sobre a tentativa de privatização da estatal.
A cartilha traz novos dados e informações que desmistificam os falsos argumentos do ex-ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, e do presidente da Eletrobras, Wilson Pinto. Eles argumentam que a empresa é ineficiente e deficitária, no entanto, esquecem de mencionar o papel que a estatal exerce para o desenvolvimento econômico e social do país.
De acordo com o material, a perda de controle da Eletrobras (responsável pela geração de 31% da energia consumida no país e por 47% das linhas de transmissão), seja pela privatização, venda de ativos ou ações, terá como consequências incontestáveis: o aumento da tarifa de energia elétrica, grave risco à segurança energética do país, enfraquecimento da soberania nacional, perda de competitividade de nossa economia no cenário internacional, além de não resolver o problema de endividamento do governo.
O documento aponta ainda que o setor privado não tem condições ou interesse em garantir a oferta de energia. “Essa foi a aposta errada que resultou no chamado “apagão” de 2001, que na verdade foi um rigoroso racionamento de energia elétrica, com pesadas multas, redução da produção e consequente queda no PIB. (…) Esse erro não pode se repetir. Ficou claro que deixar por conta do mercado a responsabilidade sobre a necessária expansão no sistema elétrico é uma ilusão”, afirma. (fonte: Stiu-DF)