O Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF) promoverá uma Aula Pública na manhã da quinta-feira (17) sobre a privatização da Eletrobras e os impactos econômicos e sociais para a população brasileira.
A proposta da Aula Pública visa ampliar a discussão sobre o programa do governo Temer de desmonte do patrimônio público, que tem como agenda principal a privatização de setores estratégicos, como o setor elétrico. Além disso, o objetivo é esclarecer ainda possíveis dúvidas dos participantes sobre o tema.
A atividade, que acontece em frente à subestação de Furnas, às 8h, vai contar com a participação de 150 estudantes do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia Norte.
O historiador e professor do Centro de Ensino, David Horn Pureza, disse que é importante envolver os estudantes na discussão sobre o papel das estatais e a consequência da privatização para a sociedade. “No apagar das luzes do governo, Temer quer entregar o patrimônio brasileiro. Essa medida vai trazer uma série de desdobramentos, como aumento do desemprego e aumento na tarifa”, ressalta.
Para o professor, a Eletrobras vai além do controle da produção e distribuição da energia elétrica. “É desenvolvimento para o país. Toda essa magnitude não pode ser privatizada”, destaca.
De acordo com o dirigente sindical do STIU-DF, David Oliveira, a população deve ter ciência do prejuízo que a privatização traz para o Brasil. “O exemplo disso é a Telebrás, privatizada na década de 90. Hoje as empresas de telefonia celular e fixa lideram a lista de reclamações no Procon de todo o país, as queixas estão relacionadas a cobranças indevidas e abusivas. Além disso, os brasileiros pagam umas das tarifas de celular mais cara do mundo”, enfatizou.
“Agora, Temer e seus aliados golpistas querem entregar as estatais do setor elétrico. A Eletrobras privada será responsável por aumentos e cobranças excessivas nas contas de luz e todo tipo de práticas especulativas para aumentar extraordinariamente os lucros das empresas”, ressaltou. Ele disse ainda que a juventude será impactada duplamente, “pela falta de novos concursos e a precarização das relações de trabalho no setor”, concluiu. (fonte: Stiu-DF)