No próximo dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a CUT lançará em São Paulo a cartilha “Água no estado de São Paulo: Direito, não mercadoria! Contribuições para o debate com sindicatos e sociedade”.
A atividade será às 10h, no Auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa paulista, na Avenida Pedro Álvares Cabral nº 201, em frente ao Parque Ibirapuera.
A publicação é resultado de uma parceria com a Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) e tem como objetivo mostrar o descaso do governo estadual nesta questão e disseminar a compreensão de que a água é um direito essencial e de que o seu acesso – universal, seguro e com qualidade aceitável – será melhor garantido por meio de serviços públicos, com participação popular e controle social.
A secretária de Meio Ambiente da CUT-SP, Solange Ribeiro, lembra que a luta pelo direito à água é também pelo direito à vida, à dignidade e à soberania nacional. “Em São Paulo um dos nossos enfrentamentos se dá por causa da privatização da Sabesp, que vem sendo feita de forma disfarçada pelo governo estadual. Sabemos que se isso se ampliar irá sobrar para o bolso da classe trabalhadora que, inclusive, poderá perder seus empregos”, afirma a dirigente.
O material foi elaborado a partir de levantamento bibliográfico, pesquisas de campo nas obras e equipamentos relacionados ao sistema de captação, tratamento e distribuição de água em São Paulo e entrevistas com trabalhadores, especialistas do setor e moradores de comunidades atingidas pela crise, pelas obras e pela lógica privada de gestão da água.
A iniciativa também contou com apoio de entidades e espaços de articulação como o Fama (Fórum Alternativo Mundial da Água), a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), o Coletivo de Luta pela Água, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Internacional de Serviços Públicos (ISP), , a Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo (Fetam-SP), o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep-SP) e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema). (fonte: CUT-SP)
ONDAS fará o debate permanente sobre a questão da água e do saneamento
O Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento – ONDAS –, recém-criado, irá promover a pesquisa e o debate a questão da água e do saneamento em nosso país.
O observatório também será uma das formas de resistência à privatização do saneamento no país. Ele foi criado no último dia 25 de abril, em Brasília, por entidades sociais, sindicais e acadêmicas. Seu objetivo é formular políticas para o saneamento básico, lutar contra qualquer tentativa de privatização da água e elaborar documentos no setor.
A assembleia de fundação (oficial) do ONDAS acontece dia 7 de junho, às 17 horas, na Universidade de Brasília – UnB.
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