A Câmara Municipal de Canoas debateu nesta quinta-feira (24/5) a perda de R$ 216 milhões em investimentos por parte da atual diretoria da Corsan, em verbas oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento. O tema foi pauta do Grande Expediente, através de iniciativa da bancada petista na Câmara.
Na oportunidade, os parlamentares receberam o SINDIÁGUA, que apresentou um amplo estudo sobre o tema. O trabalho – que já foi entregue ao Governo do Estado, Secretaria de Saneamento, Presidência da AL/RS, Ministério Público de Contas, Tribunal de Contas e ao Ministério Público de Defesa do Patrimônio Público – prova, através de documentos da Caixa Econômica Federal, Corsan e Ministério das Cidades, como a Companhia perdeu tais investimentos e sua relação com a proposta de Parceria Público-Privada (PPP) para o município.
Em sua fala, o diretor de Divulgação do SINDIÁGUA, Rogério Ferraz, detalhou que a atual direção da Corsan deixou de ter direito a verba (que faz parte do Orçamento Geral da União, ou seja, a fundo perdido) porque não apresentou projetos e não licitou obras. Ferraz exemplificou que várias cidades brasileiras possuem obras em andamento (do mesmo PAC-OGU), ao contrário de Canoas e outros municípios gaúchos, o que contrapõe a fala do presidente da Corsan, Flávio Presser, que afirma que os valores não foram repassados por um contingenciamento de verbas por parte do governo federal.
Ferraz também mostrou a ligação entre a perda de recursos com a PPP proposta pela Corsan para Canoas. Para ele, se os R$ 216 milhões tivessem sido conquistados, o município avançaria significantemente em saneamento e não precisaria de investimento privado. Por fim, Rogério alertou os vereadores e a sociedade canoense de que ainda é possível buscar R$ 62 milhões, dos R$ 216 milhões até então perdidos, e que medidas devem ser tomadas para que só depois seja debatida a proposta de PPP feita pela Companhai ao município.
Ao final da sessão, vereadores conversaram com o sindicalista buscando uma reunião de trabalho para aprofundar o debate. (fonte: Sindiágua-RS)