Para a absoluta maioria dos entrevistados pela pesquisa CUT-Vox, a privatização das empresas e serviços públicos só beneficia empresários, investidores e os ricos
A absoluta maioria dos brasileiros é contra privatização de empresas e serviços públicos, segundo pesquisa CUT/Vox divulgada nesta segunda-feira (28/5).
E entre as razões para discordar do pacote de privatizações do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), os entrevistados citaram preços mais caros, demissões de trabalhadores, redução de salários e mais: não é um bom negócio nem traz benefícios para o Brasil, só beneficia empresários, investidores e os ricos.
Perguntados se concordavam com a privatização da Eletrobras, 57% são contra a venda da Eletrobras, entre outros motivos porque isso não beneficia nem o Brasil nem os brasileiros.
Outros resultados
. 60% foram contra a privatização da Petrobras e 59% disseram que a venda da companhia só beneficiaria os empresários, os investidores e os mais ricos.
. 60% é o percentual dos que são contra a venda da Caixa – 61% acha que a privatização beneficia os de sempre, empresários, investidores e ricos.
. 58% dos brasileiros são conta da venda do Banco do Brasil – só beneficia empresários e ricos afirmaram 59% dos entrevistados.
No geral, 55% dos entrevistados pela CUT/Vox são contra a privatização. Outros 23% são a favor e 22% não souberam ou não quiseram responder. A maior rejeição a venda de empresas e serviços públicos foi registrada na Região Sudeste (59), seguida pela Região Centro/Oeste-Norte (57%); e Sul e Nordeste, com 49% cada.
Não importa o gênero, a idade, a escolaridade ou a renda, todos são contra a privatização das empresas ou serviços públicos.
Gênero e idade
Entre os homens o índice dos contrários é de 54%, entre as mulheres é de 55%. No recorte por faixa etária, o cenário é o mesmo: 51% dos jovens, 57% dos adultos, e 52 dos maduros não querem da venda das empresas e serviços brasileiros.
Escolaridade e renda
Por escolaridade, os percentuais também são acima de mais da metade dos entrevistados – 55% no ensino fundamental e no médio e 53% nos que têm ensino superior. O mesmo ocorre no recorte por renda: 51% dos que ganham até 2 SM são contra, 59% dos que ganham mais de 2 SM até 5 SM, e 54% entre os que têm nível superior.
Setores estratégicos
Entre os 23% que são a favor da privatização, 45% acham que todas as empresas e serviços deveria ser privatizados; 50% acham que apenas algumas que não forem de setores estratégicos podem ser colocadas a venda; e 5% não soube ou não quis responder.
Entre os 55% que são contra a privatização, 59% não quer que nenhuma seja vendida; 31% apenas algumas e 10% não sabem ou não responderam.
Avaliação da privatização feita no Brasil nos últimos 30 anos
Sobre as empresas que eram públicas e foram privatizadas no Brasil nos últimos 30 anos, a avaliação também é negativa.
Para 44%, nas mãos da iniciativa privada, as empresas não ficaram rentáveis nem fortes; os preços estão mais caros (42%), o número de empregados diminuiu (38%), os salários foram rebaixados (31%) e a qualidade dos produtos piorou (24%).
Para 33% dos entrevistados, a privatização não trouxeram benefícios para o Brasil, 50% não é um bom negocio
Bancos Públicos
49% dos entrevistados pela pesquisa CUT-Vox acham que os bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa, são indispensáveis ao desenvolvimento nacional e não devem ser privatizados; outros 26% acham que os bancos privados são capazes de fazer as mesmas coisas e que a privatização do Banco do Brasil e da Caixa seria boa para o país.
Para 47%, se a Caixa for privatizada muitas cidades do interior vão ficar sem agências bancárias e muitos programas sociais vão diminuir ou parar de funcionar. Para 27%, isso não vai acontecer, ou seja, não haverá redução na cobertura de agências ou perdas nos programas sociais.
Sobre a administração dos recursos do FGTS
49% dos entrevistados acham que, se a Caixa for privatizada, o FGTS não vai ser mais destinado a financiar a habitação para famílias de renda baixa e média. Já outros 26%, acreditam que mesmo se for privatizada a Caixa continuará prestando esse tipo de serviço. (com informações: CUT)