A avaliação é de Nailor Gato, vice-presidente da FNU – Federação Nacional dos Eletricitários
Nailor Gato, vice-presidente da Federação Nacional dos Eletricitários, conversou, nesta segunda-feira (11/6), com a Rádio Brasil de Fato sobre a greve de 72 horas promovida pela categoria. Ele explicou quais são os objetivos da paralisação e quais as principais pautas de luta que envolvem o setor, como a tentativa do governo de privatizar a Eletrobras.
Confira:
Brasil de Fato – Porque esta paralisação?
Nailor Gato – A paralisação de 72 horas é a luta contra o processo de privatização da Eletrobras. São 14 empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras, mais de 23 mil trabalhadores. E desde que foi consumado o golpe, este governo representado na figura do presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Júnior, persegue a privatização da Eletrobras.
E como está a movimentação da greve?
Em todo o Brasil [a greve], começou, na prática, às 6h. Além da paralisação, nós estamos fazendo alguns atos para chamar a atenção da população sobre o processo de privatização da Eletrobras. A maior prejudicada, quem vai pagar essa conta, é a população. As empresas do Sistema Eletrobras vendem o quilowatt/hora por 7 centavos e as empresas privadas a 87 centavos por quilowatt/hora.
Existe uma estimativa sobre o engajamento dos trabalhadores em relação a greve?
Está funcionando normalmente o sistema, porque nós temos a responsabilidade para que a população não seja prejudicada, mas os demais trabalhadores (que atuam em outras atividades) estão paralisados.
Sobre o Luz para Todos, qual é a ameaça caso ocorra a privatização?
É um dos programas mais importantes, inclusive, foi colocado na época (de implantação) como um dos maiores programas de distribuição de renda, por exemplo, no meio rural, você consegue conservar a produção para vender este produto no fim de semana nas feiras e no mercado e mantém o homem rural produzindo para quem mora na cidade. No texto da medida provisória (da privatização) está previsto acabar com o subsídios nesta área e quem vai ser penalizado é o homem rural, as periferias das cidades. (fonte: Brasil de Fato)