A ficha de sindicalização em punho ao lado do informativo deve ser obrigação do sindicalista. Alternativas têm! Só é preciso mudar a perspectiva!
A Reforma Trabalhista foi medida para garantir o aumento dos lucros e o desmantelamento dos sindicatos.
Os meios de comunicação amparados pelos dados do Ministério do Trabalho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) verificaram que a ampla maioria dos trabalhadores não é sindicalizada.
A pesquisa “Aspectos das relações de trabalho e sindicalização” do IBGE de 2017, demostra que, “(…) Em 2015, havia, no Brasil, 94,4 milhões de trabalhadores de 16 anos ou mais de idade, dos quais 18,4 milhões (19,5%) eram sindicalizados em qualquer um dos trabalhos que tinham na semana de referência”.
Com este dado, os meios de comunicação realizaram campanha feroz contra os sindicatos, amparados unicamente em tornar facultativa a contribuição sindical. As entidades com poucos sócios sentiram o impacto e reagiram cortando custos, dentre esses a comunicação sindical.
Não houve reação geral do movimento sindical em busca dos sindicalizados. A principal aposta se encontra hoje em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a mudança da contribuição sindical contida na reforma.
Somente no final do 1º semestre de 2018 é que se esboçam iniciativas de campanhas de sindicalização. Enquanto isto, os meios de comunicação apostam no fechamento de sindicatos e na incapacidade de aumentar o número de associados.
O foco da comunicação sindical deve ser o associado!
Jornalistas e dirigentes estão acostumados a fazer do sindicato o centro da comunicação.
As ações das diretorias, as falas dos dirigentes, os acordos salariais e os benefícios do sindicato, tudo gira em torno da entidade, enquanto o associado é um apêndice deste processo. Suas opiniões servem para colaborar com as opiniões prévias das diretorias.
A situação nos leva a necessidade de inversão da comunicação sindical, item indispensável na luta contra a reforma. Assim como no marketing, houve mudança no chamado 1.0 para o marketing 2.0, é o mesmo caso da ação sindical. O centro de nossa atenção deve ser o associado, como fazê-lo parte do dia a dia do sindicato.
Manter a opinião politica da entidade, mas integrá-lo ativamente no cotidiano.
Sindicato nasce num espirito de comunidade!
Os sindicatos nasceram como entidades comunitárias, em que os associados participavam para conviver, dividir angústias e esperanças. Neste sentido, o sindicato deve ser local de convivência e até de disputas saudáveis, mas não de competições.
Biografias, parabenizações, estímulos positivos aos sócios devem ser cotidianos.
Num cenário de necessidade de reforçar a ação sindical, agregar os desempregados é fundamental, pois o seu tempo ocioso vira tempo precioso para o crescimento sindical.
Neste cenário, a comunicação deve ser pensada de forma mais ampla. As ações individuais dos diretores e funcionários se tornam importantes. Não se pode maltratar associados, deixar perguntas sem respostas e ter atitudes impróprias com a conduta sindical.
O dirigente sindical é pessoa pública, o seu modo de agir representa os valores da entidade aos olhos do associado. Posturas impróprias não mancham somente o dirigente, mas a própria entidade. Ter vigilância é um papel fundamental.
Repensar o modelo de financiamento das federações, confederações e centrais
O modelo da contribuição obrigatória previa percentual para as entidades superiores. Com a nova realidade é necessário modelo solidário, em que no ato da mensalidade associativa, 1 percentual fique na entidade de base e outro financie a rede do movimento sindical.
Neste sentido, as entidades superiores, as federações, confederações e centrais devem liderar campanhas massivas de sindicalização para continuar existindo.
O sindicato tem que aparecer!
O sindicato não pode aparecer só na campanha salarial ou nas reclamações trabalhistas. Tem que estar constantemente “conversando” com os associados. Esta atuação reforça as mensagens e possibilita que o associado apareça ou de forma anônima nas fotos de manifestações e eventos ou de forma direta, com entrevistas, artigos ou como fonte.
Sindicato que não aparece, gera dúvidas na base sobre os rumos financeiros da entidade. Transparência é fundamental.
As redes sociais e as novas tecnologias geram alternativas baratas enquanto o número de associados aumenta para atitudes mais ousadas.
O tempo é de recrutar!
Apesar da intensa agenda de luta, o momento é de priorizar a sindicalização. O ingresso de 10% da base em alguns sindicatos é capaz de anular o impacto do fim da contribuição sindical.
A ficha de sindicalização em punho ao lado do informativo é deve ser obrigação do sindicalista.
Alternativas têm! Só é preciso mudar a perspectiva!
(*) Jornalista sindical do Ceará
A Reforma Trabalhista foi medida para garantir o aumento dos lucros e o desmantelamento dos sindicatos.
Os meios de comunicação amparados pelos dados do Ministério do Trabalho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) verificaram que a ampla maioria dos trabalhadores não é sindicalizada.
A pesquisa “Aspectos das relações de trabalho e sindicalização” do IBGE de 2017, demostra que, “(…) Em 2015, havia, no Brasil, 94,4 milhões de trabalhadores de 16 anos ou mais de idade, dos quais 18,4 milhões (19,5%) eram sindicalizados em qualquer um dos trabalhos que tinham na semana de referência”.
Com este dado, os meios de comunicação realizaram campanha feroz contra os sindicatos, amparados unicamente em tornar facultativa a contribuição sindical. As entidades com poucos sócios sentiram o impacto e reagiram cortando custos, dentre esses a comunicação sindical.
Não houve reação geral do movimento sindical em busca dos sindicalizados. A principal aposta se encontra hoje em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a mudança da contribuição sindical contida na reforma.
Somente no final do 1º semestre de 2018 é que se esboçam iniciativas de campanhas de sindicalização. Enquanto isto, os meios de comunicação apostam no fechamento de sindicatos e na incapacidade de aumentar o número de associados.
O foco da comunicação sindical deve ser o associado!
Jornalistas e dirigentes estão acostumados a fazer do sindicato o centro da comunicação.
As ações das diretorias, as falas dos dirigentes, os acordos salariais e os benefícios do sindicato, tudo gira em torno da entidade, enquanto o associado é um apêndice deste processo. Suas opiniões servem para colaborar com as opiniões prévias das diretorias.
A situação nos leva a necessidade de inversão da comunicação sindical, item indispensável na luta contra a reforma. Assim como no marketing, houve mudança no chamado 1.0 para o marketing 2.0, é o mesmo caso da ação sindical. O centro de nossa atenção deve ser o associado, como fazê-lo parte do dia a dia do sindicato.
Manter a opinião politica da entidade, mas integrá-lo ativamente no cotidiano.
Sindicato nasce num espirito de comunidade!
Os sindicatos nasceram como entidades comunitárias, em que os associados participavam para conviver, dividir angústias e esperanças. Neste sentido, o sindicato deve ser local de convivência e até de disputas saudáveis, mas não de competições.
Biografias, parabenizações, estímulos positivos aos sócios devem ser cotidianos.
Num cenário de necessidade de reforçar a ação sindical, agregar os desempregados é fundamental, pois o seu tempo ocioso vira tempo precioso para o crescimento sindical.
Neste cenário, a comunicação deve ser pensada de forma mais ampla. As ações individuais dos diretores e funcionários se tornam importantes. Não se pode maltratar associados, deixar perguntas sem respostas e ter atitudes impróprias com a conduta sindical.
O dirigente sindical é pessoa pública, o seu modo de agir representa os valores da entidade aos olhos do associado. Posturas impróprias não mancham somente o dirigente, mas a própria entidade. Ter vigilância é um papel fundamental.
Repensar o modelo de financiamento das federações, confederações e centrais
O modelo da contribuição obrigatória previa percentual para as entidades superiores. Com a nova realidade é necessário modelo solidário, em que no ato da mensalidade associativa, 1 percentual fique na entidade de base e outro financie a rede do movimento sindical.
Neste sentido, as entidades superiores, as federações, confederações e centrais devem liderar campanhas massivas de sindicalização para continuar existindo.
O sindicato tem que aparecer!
O sindicato não pode aparecer só na campanha salarial ou nas reclamações trabalhistas. Tem que estar constantemente “conversando” com os associados. Esta atuação reforça as mensagens e possibilita que o associado apareça ou de forma anônima nas fotos de manifestações e eventos ou de forma direta, com entrevistas, artigos ou como fonte.
Sindicato que não aparece, gera dúvidas na base sobre os rumos financeiros da entidade. Transparência é fundamental.
As redes sociais e as novas tecnologias geram alternativas baratas enquanto o número de associados aumenta para atitudes mais ousadas.
O tempo é de recrutar!
Apesar da intensa agenda de luta, o momento é de priorizar a sindicalização. O ingresso de 10% da base em alguns sindicatos é capaz de anular o impacto do fim da contribuição sindical.
A ficha de sindicalização em punho ao lado do informativo é deve ser obrigação do sindicalista.
Alternativas têm! Só é preciso mudar a perspectiva!
artigo: Esdras Gomes, jornalista sindical do Ceará – publicado por DIAP