Propostas para o período após as eleições de outubro defendem a revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos do setor público. Trabalhadores também querem preservar Petrobras e Eletrobras
Representantes de centrais sindicais entregaram nesta quarta-feira (20/6) a líderes do Congresso a “agenda prioritária da classe trabalhadora”, documento aprovado no último dia 6 com propostas para o próximo período, a partir das eleições de outubro. Dirigentes foram recebidos pelo presidente da Casa, Eunício de Oliveira (MDB-CE), que segundo eles lamentou a não tramitação da Medida Provisória (MP) 808, que “corrigiria” alguns pontos da “reforma” trabalhista (Lei 13.467).
Entre os itens da agenda, as centrais propõem justamente a revogação da lei, além da Emenda Constitucional 95, de congelamento de gastos públicos por 20 anos. Os sindicalistas propõem ainda valorização da negociação coletiva, manutenção da política de valorização do salário mínimo, redução da jornada de trabalho, combate ao trabalho escravo e infantil e defesa de setores estratégicos, representados por Petrobras e Eletrobras.
“Este documento tem como base um debate das centrais sindicais. Fala da questão do emprego, do desenvolvimento, do campo”, disse o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. “É um dia importante para as centrais. A agenda busca corrigir falhas da reforma trabalhista, que retirou direitos dos trabalhadores e até tenta quebrar a estrutura sindical”, acrescentou o 1º secretário da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. (fonte: CUT)