O Sistema Eletrobras fundado em 1962 é uma das grandes conquistas do Povo brasileiro, pensada por homens que tinham uma visão estratégica, sabedores do quanto é fundamental para uma nação ser forte na área energética, uma condição indispensável para sua soberania. Mesmo no triste período do regime civil-militar houve o entendimento da importância da Eletrobras para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Com o governo Lula a meta era transformar a empresa na Petrobras do setor elétrico, e sem dúvidas houve grandes investimentos nesse sentido, com inúmeras obras de grande porte e a sua internacionalização.

O golpe de 2016 fez o Brasil retroceder de maneira jamais vista, em todos os setores. O obscurantismo tomou conta do país e da Eletrobras, levando a presidência da empresa uma figura já conhecida em São Paulo por sua sanha privatista nas distribuidoras de energia, o Sr. Pinto Júnior. Que conseguiu o feito de ser considerado o pior presidente da História da Eletrobras.

A gestão de Pinto Júnior, que de forma debochada se apresenta como o homem que salvou a Eletrobras, é o retrato de um moralista sem moral, como diria a presidente legitima Dilma Rousseff, vejamos algumas de suas nefastas ações: arsenal de notícias negativas saindo da própria Empresa, chegando ao descalabro de se contratar com valores milionários uma consultoria de comunicação “estratégica” para falar mal da organização, visando rebaixar sua moral perante o público externo e manipular a opinião pública em prol da privatização; Gritantes conflitos de interesses no seio da Diretoria Executiva e no Conselho de Administração; Consultorias que excedem suas funções – inversão de papéis; Descaradas contratações por inexigibilidade causando enormes prejuízos à Eletrobras; Dívida bilionária negociada com a Eletropaulo sem a devida transparência; Discriminação e desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras; dentre outras barbaridades.

O Sr. Pinto Júnior e sua proposta de gestão moderna não passavam de uma mentira. Assim que assumiu a presidência fez questão de participar de uma reunião com os dirigentes sindicais, quando afirmou que não foi conduzido ao cargo com o propósito de privatizar nada, mas sim de dar mais eficiência ao Sistema diante das dificuldades encontradas. Porém, como em um passe de mágica mudou o discurso e é hoje de forma vergonhosa o maior garoto propaganda da venda da Eletrobras ao capital internacional. Na galeria de ex-presidentes, lugar que deve ocupar o mais rápido possível, sua foto deveria estar coberta com uma tarja preta com a seguinte legenda: “O pior presidente da História da Eletrobras”.

TODAS AS FORMAS DE PROTESTO PARA IMPEDIR A DESTRUIÇÃO DA ELETROBRAS

A revolta é tamanha que o Sr. Pinto Júnior foi defenestrado pelos trabalhadores em plena comemoração pelo o aniversário da Eletrosul. Tendo esse vídeo viralizado na internet, com ampla divulgação, inclusive na grande imprensa. É importante destacar que esses protestos vão se estender por todas as empresas, não vai haver trégua do CNE. Inclusive com a colocação de outdoors em todo país, o certo é que os trabalhadores vão até o fim para impedir que Pinto Júnior destrua a Eletrobras.

Os trabalhadores vão continuar na luta exigindo a saída imediata do Sr. Pinto Júnior da presidência, mas também irão continuar cobrando ações de companheiras e companheiros dentro do Sistema Eletrobras, pois é preciso acabar com o silêncio obsequioso do Conselho Fiscal, do Conselho de Administração, da Auditoria Interna, da Diretoria da Compliance e Conformidade, que jogam tudo para debaixo do tapete da impropriedade e prevaricação.

O CNE também chama a reflexão diretores e gestores com décadas na empresa, pois está mais do que na hora de assumir uma posição para proteger o futuro da Eletrobras. Defender o patrimônio construído por décadas com recursos do Povo brasileiro está acima de cargos e benesses. A Eletrobras merece respeito: Fora, Pinto Júnior!

Leia: Boletim CNE 22.6.2018