O Stiu-DF – Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal – emitiu uma nota criticando a política entreguista de Michel Temer, ao dizer, por exemplo, que “permitir a privatização das estatais do setor elétrico é promover maior desigualdade social e negar o acesso à energia para a população mais pobre do Brasil”.
“De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a venda da Eletrobras vai resultar em um aumento inicial na tarifa de energia de 16,7%, no mínimo. Alguns especialistas apontam reajustes superiores a 70%”, diz o texto. “Para o Brasil voltar a ganhar é preciso resistir ainda mais. A venda das seis distribuidoras, marcada inicialmente para dezembro passado, não aconteceu devido à constante luta das entidades sindicais, parlamentares e trabalhadores”.
Leia a íntegra da nota:
Em dois anos os brasileiros perderam direitos, empregos. Perderam o acesso à universidade pública, acesso à saúde. O Brasil perdeu com a entrega a toque de caixa de bilhões de barris de petróleo para empresas estrangeiras. A lista de retrocessos é grande.
Para o governo de Michel Temer não há limites para o desmonte do Estado. A Petrobras está sendo fatiada e doada à iniciativa privada. O projeto do governo em minimizar a atuação do estado em setores estratégicos como o petrolífero e elétrico corre a passos largos e podemos perder novamente com a privatização das seis distribuidoras controladas pela Eletrobras.
Na Câmara dos Deputados, a base governista tenta a todo custo votar a urgência do Projeto de Lei 10.332/2018, que viabiliza a venda das distribuidoras localizadas nos estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Alagoas e Piauí, os três últimos estão entre os estados com menores IDH do país.
A privatização por si só traz uma série de prejuízos ao país e a população, no caso da Eletrobras a situação piora, cada estatal vai ser vendida por R$ 50 mil, preço de um carro popular. Além disso, a holding vai assumir uma dívida de mais de R$ 11 bilhões das distribuidoras para garantir ao novo proprietário uma base maior de lucro.
Permitir a privatização das estatais do setor elétrico é promover maior desigualdade social e negar o acesso à energia para a população mais pobre do Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a venda da Eletrobras vai resultar em um aumento inicial na tarifa de energia de 16,7%, no mínimo. Alguns especialistas apontam reajustes superiores a 70%.
Para o Brasil voltar a ganhar é preciso resistir ainda mais. A venda das seis distribuidoras, marcada inicialmente para dezembro passado, não aconteceu devido à constante luta das entidades sindicais, parlamentares e trabalhadores.
Como alternativa à privatização das empresas, o Coletivo Nacional dos Eletricitários propõem a criação de uma empresa brasileira de distribuição que abarcaria as seis distribuidoras. (fonte: Stiu-DF)