Como se entrasse de forma proposital em um processo de autofagia, a DESO privilegia uma dinâmica totalmente equivocada para tratar do seu patrimônio físico e material, dando ênfase ao que é de terceiros.
É possível detectar facilmente essa política quando se observa a realidade de quase todos os escritórios de atendimento da Companhia ao público na Grande Aracaju: estão fechados, abandonados e a maioria servindo de banheiros públicos e locais para drogados e meliantes.
Será que essa política traz resultados satisfatórios para DESO? Quem defende que sim, possivelmente está analisando unicamente pela parte financeira da coisa, pois dizem que mesmo pagando alugueis caríssimos, ainda assim gera economia para a Companhia no custo final. Mas está posição está equivocada.
É preciso contabilizar também o desgaste absurdo que sofre a imagem da DESO quando um usuário se desloca da sua região à Sede para solicitar um pedido de ligação de ramal de água ou resolver problemas referentes ao seu consumo mensal e se depara com um escritório de atendimento fechado e com a estrutura física quase desabando.
No bairro Siqueira Campos e nas localidades vizinhas, ou na Barra dos Coqueiros, Conjunto João Alves, Centro, e outros pontos, a DESO tinha seus escritórios próprios. Hoje, abandonou-os para pagar altíssimos aluguéis para particulares em locais como shopping-centers, onde as lojas não contam com sanitários próprios para funcionários e clientela. Enquanto isso, toda a Zona de Expansão de Aracaju não conta com uma única loja de atendimento.
Alguém em sã consciência se atreve a chamar isso de evolução? Parece mais uma ação deliberada, investir recursos em propriedades de terceiros em detrimento de toda uma estrutura própria e já montada, precisando simplesmente de uma manutenção corretiva e periódica.
Além desse paradoxo, qual a serventia hoje dos imóveis próprios da Companhia, onde anteriormente funcionavam as lojas de atendimento? Nenhuma, a não ser perder seu valor em função da deterioração crescente desses imóveis pela ação do tempo e de vândalos.
Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan