Entra ano e sai ano e a ETA de Brejão dos Negros, no município de Brejo Grande, continua sem banheiro e em péssimas condições estruturais. Quem ali passa as suas 12 horas de plantão pede a Deus que não sofra um desarranjo intestinal, pois se isso acontecer, terá de pedir por favor a algum morador local ou terá de recorrer ao matagal mais próximo para fazer as suas necessidades.
Sabemos que um ambiente de trabalho sadio e agradável interfere diretamente no bom desempenho profissional de todo trabalhador. Trabalhar não significa simplesmente ser obrigado a garantir o seu pão de cada dia. O trabalho deve ser humanizado e torna-se necessário que o ambiente também dê ao trabalhador boas condições para desenvolver as suas funções adequadamente.
Ficar praticamente meio-dia em um ambiente onde nada está dentro das normas descritas pelo Ministério do Trabalho e pela própria DESO nos parece um contrassenso terrível. Para tumultuar ainda mais a vida desses trabalhadores, é duro sempre ouvir de suas chefias imediatas que já repassou os problemas para Aracaju. Essa cantilena é rotineira no interior do estado: mandar meio mundo de papel para a sede sem, no entanto, acompanhar o processo e cobrar as providências. Isso é incumbência da chefia.
Por que será que na maioria das unidades da DESO, espalhadas por todo o estado, dificilmente vemos trabalhadores satisfeitos com o seu ambiente de trabalho? Certamente a falta de boas estruturas físicas e condições de segurança pesam.
É de conhecimento geral que ambientes inadequados para se trabalhar geram transtornos psicológicos aos trabalhadores, causa desagregação entre os próprios funcionários e até mesmo na família desses trabalhadores, que levam os seus problemas para casa, trazendo consequências as vezes irreversíveis.
Pedimos atenção e respeito para com todos os nossos companheiros que estão literalmente jogados dentro dessas estações, sem a mínima condição de desempenhar a contento as suas atividades.
Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan