Em boletim, o CNE – Coletivo Nacional dos Eletricitários – explica que o Sistema de Gestão de Desempenho – SGD -representa um acordo firmado entre a Eletrobras e suas empresas, contando com a adesão individual dos empregados e homologações dos termos pelas entidades sindicais e, sendo assim, faz parte do contrato de trabalho e não pode ser modificado de forma unilateral. #ForaWilsonPintoJr.
SGD: Direção da Eletrobras joga a meritocracia no lixo e descumpre acordo!
O Sistema de Gestão de Desempenho – SGD representa um acordo firmado entre a Eletrobras e suas empresas, contando com a adesão individual dos empregados e homologações dos termos pelas entidades sindicais, assim, faz parte do contrato de trabalho, portanto, o SGD não pode ser modificado de forma unilateral!
O SGD é composto por dois módulos, sendo um de avaliação de competências e outro para avaliação de resultados (metas). Segundo a Eletrobras, o SGD serve para aferir o atingimento das metas e dos resultados empresariais.
Em Agosto de 2018, por comunicado interno, a direção da Eletrobras informou que para o ciclo 2017 do SGD seriam avaliadas “apenas as competências e que não haveria avaliação de metas”.
Em 05/11/18, a Diretoria Executiva da Eletrobras aprovou a Resolução nº 771/2018 que determina:
1. Que a avaliação de competência dos empregados da Eletrobras e suas empresas relativas ao ciclo 2017 seja finalizada até 30/11/2018;
2. Que a realização do SGD 2018 esteja condicionada à pactuação de metas em todas as empresas da Eletrobras em virtude da conjuntura econômica e financeira das empresas;
3. Que não ocorra a distribuição do mérito do Ciclo 2017 em todas as empresas do Sistema Eletrobras em virtude da conjuntura econômica e financeira das empresas;
4. A proibição do pagamento de mérito com base apenas em avaliação de competências;
5. Que a Diretoria de Administração – DA, a Superintendência de Gestão de Pessoas – DAP e a Secretaria Geral – PRGS adotem, nas suas respectivas áreas de atuação, as providências necessárias ao cumprimento desta Resolução.
A Direção da Eletrobras rasga as Normas da Empresa e os Termos de Compromisso assinados. A seu bel-prazer manipula e quebra as regras, sempre em prejuízo aos trabalhadores e trabalhadoras.
Justifica a ruptura de um compromisso, sem negociação e prévio aviso, pela “conjuntura econômica e financeira das empresas”, vejamos:
A Folha salarial da Eletrobras em 12/2017 foi de 255 milhões. Se tivesse distribuído 1% da folha para o pagamento do mérito, previsto na resolução CCE 09/96 da SEST, que visa realizar com promoções por antiguidade e por merecimento, utilizaria, aproximadamente, R$ 800 mil desse total para contemplar 30% dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras, ou seja, muito pouco para contemplar quem cumpriu com seus deveres.
Não há dinheiro para o quem trabalha e cumpriu as metas estabelecidas, mas em 2017 não houve conjuntura que impedisse o gasto de mais de R$ 100 milhões em contratos sem licitação. Só em contrato com a Deloitte foram mais de R$ 20 milhões e com a Hogan Lowells, mais de R$ 40 milhões. Para manutenção dessa prática, no mínimo suspeita, não há recessão.
Para onde vai o discurso em defesa da meritocracia do presidente Wilson Pinto Junior?
As metas foram cumpridas, como fora acordado, mas o mérito não será concedido!
Porque falta compromisso da atual gestão da Eletrobras como os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Porque a atual gestão está comprometida consigo mesma e não com a Empresa e seu corpo funcional.
Porque a meta principal da atual gestão da Eletrobras é assediar trabalhadores e trabalhadoras com ameaças de retirada de direitos, de perda de funções e mudanças não justificadas, com seguidos planos de aposentadoria voluntária, tudo com a intensão de esvaziar o corpo técnico, enfraquecendo assim a própria Empresa, para entregá-la de bandeja para o capital privado.
As não-conformidades se acumulam e somam-se aos desmandos, tudo sob o olhar leniente da Diretoria de Compliance (ex-Deloitte) e das demais diretorias, subservientes e omissas.
Se a meta principal do atual presidente da Eletrobras é vender a Empresa, passando por cima de tudo e de todos, lembramos que o maior mérito dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras é não fugir à luta! Não desistir nem ceder às ameaças.
As Entidades de Representação usarão os meios legais para fazer valer os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, ao contrário das covardias e métodos pouco ortodoxos adotados pela atual gestão da Eletrobras.
Leia o boletim: BOLETIM CNE 05 12 2018
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