O Governo vendeu gato por lebre a Cepisa, agora controlada pela Equatorial Energia, que segundo o Sindicato dos Urbanitários do Piauí – SINTEPI, esse grupo chegou ao Piauí e até o momento não disse a que veio. O Governo Federal vendeu a Cepisa, empresa genuinamente piauiense, a preço de banana (R$ 45 mil), em um leilão marcado por ilegalidades, sem concorrência, ainda prometeu que a iniciativa privada é quem tem capacidade de investimento.

No entanto, esse grupo chegou ao Estado e está sempre fazendo ataques até aos municípios, como ocorreu em recentes colocações do presidente da empresa no litoral piauiense, referindo-se ao alto índice de salitre na rede, comparando negativamente a outras áreas litorâneas do país. A Equatorial vem reduzindo constantemente as equipes de atendimento nos setores de Operação e Manutenção, quando descredencia os trabalhadores que atuam nesses setores estratégicos.

Para o presidente do SINTEPI, Paulo Sampaio, a Equatorial está reduzindo as suas equipes para cortar custos, em vez de ampliar os investimentos tão propagados pelo governo, ao entregar a Cepisa ao capital privado. Essa redução de trabalhadores em campo acontece justamente nesse período chuvoso, quando há mais ocorrências em relação a descargas elétricas e queda da rede, provocadas pela interferência da arborização. Além do recente aumento da tarifa de energia, os consumidores são prejudicados com a precarização dos serviços, tendo em vista a falta de energia constante e a demora na solução desses problemas. “Precisamos lutar constantemente contra essa prática da empresa de não valorizar seu quadro de pessoal renovado e treinado pela Cepisa pública, em contradição àquilo que foi prometido em coletivas de imprensa nacional e local no dia da aquisição da empresa e na posse, que era exatamente ampliar os investimentos e a qualidade do atendimento”, criticou Sampaio.

O SINTEPI vem cobrando ações do poder público estadual e federal, inclusive aguarda decisões de várias ações na Justiça Comum e do Trabalho, tentando, com argumentos sólidos, baseado nas normas legais, conseguir reverter esse enorme prejuízo para o povo piauiense, uma vez que o Estado tem a terceira maior tarifa de energia do país e ainda assim centenas de trabalhadores de carreira vêm sofrendo demissões ou colocados em indisponibilidade, tendo seus direitos atacados, como o pagamento do adicional de periculosidade, retirada de direitos garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho – ACT e na própria CLT. O Sindicato recebe constantes denúncias e reclamações de vários trabalhadores que sofrem pressões ocasionadas pela política de tensão e terror internas da Equatorial, o que resulta no desgaste e desmotivação para exercer o bom trabalho.

Para o SINTEPI, a população ainda se vê obrigada a suportar os gestores indo à mídia para atacar os trabalhadores concursados, além de alegar dificuldades em investir na melhoria do setor elétrico no Estado, devido à crise financeira, entre outros argumentos injustificáveis.

PREOCUPANTE – Os efeitos danosos da controladora da Cepisa no Piauí repercute negativamente para a entrada de tributos e o desenvolvimento econômico do Estado. Isso ocorre com um exemplo recente com o anúncio de uma obra da linha 69KV – linha que ligará Piripiri a Esperantina, no Norte do Estado. Entre as cartas propostas para terceirização dos serviços não constam empresas piauienses para executar os serviços. O Governo do Estado e a bancada piauiense de deputados deve estar atenta a esses fatos, o que deve prejudicar a arrecadação e levar mais ainda o Estado a uma desvalorização e crise no setor. (fonte: SINTEPI)

Urbanitários na resistência: contra à privatização do setor elétrico e do saneamento.
ÁGUA, ENERGIA E SANEAMENTO NÃO SÃO MERCADORIAS!