Empresa quer ser até 2030 uma das três maiores geradoras de renováveis do mundo.
Com o término do processo de privatização das seis distribuidoras que estavam sob sua administração, a Eletrobras agora se volta para ser uma empresa de geração e transmissão de energia. Ela ainda deve colocar esse ano em operação eólicas da Chesf, Linhas de Transmissão, turbinas de Belo Monte e a UHE Sinop (MT – 700 MW). De acordo com o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, a perspectiva da capitalização faz com que ela possa buscar por projetos novos e vá além dos R$ 4 bilhões estipulados no seu Plano Gestor. “Se ela for capitalizada a gente pode sonhar em investir valores maiores, ela pode dobrar de valores”, explica.
Ainda de acordo com o executivo, é necessário que a empresa, invista de forma mais assertiva e não como no passado, com projetos demorados e caros. “Isso destruiu o valor da empresa”, aponta. Ele quer melhorar a montagem financeira dos projetos, de modo a recuperar as perdas do passado. Com a capitalização, ela poderá voltar a participar de leilões.
A Eletrobras é um dos maiores operadores de energia renovável do país, o que as deixariam no radar da retomada da empresa. O êxito com as vendas das SPEs de eólicas mostra a qualidade da empresa nessa fonte. Na fonte solar, o presidente da Eletrobras anunciou que no mês que vem será inaugurado o projeto de placas flutuantes em Sobradinho, da Chesf, além de um centro de referência em Petrolina (PE), com usina de 5 MW e 25 mil placas. “Estamos bem posicionados, queremos ser até 2030 uma das três maiores de energia renovável no mundo”, avisa.
Em abril, deverá ser levado ao conselho uma nova proposta de venda de 47 Sociedades de Propósito Específico. Não há um valor fechado de quanto seria, mas segundo o presidente da empresa, R$ 1,4 bilhão seria uma base de comparação.
PDC – O Plano de Demissão Consensual da empresa tem como alvo tirar 2.187 funcionários. No momento, ele está com pouco mais de 300 inscritos e deve continuar este ano. Com a entrada da Eletronuclear no Centro de Serviços compartilhados em abril, haverá mais calma para fazer o processo de redução de quadros.
Fonte: Pedro Aurélio Teixeira, Agência Canal Energia, do Rio de Janeiro