O atual quadro da pandemia COVID-19 no mundo e no Brasil traz preocupações imediatas e urgentes ao setor de saúde, conforme largamente noticiado pela mídia. O déficit de serviços e de profissionais de saúde para atendimento às demandas, atuais e crescentes, está sob o foco principal no momento. Estatísticas, estudos epidemiológicos e estratégias dos governos se concentram na testagem, triagem e atendimento adequado nos estágios de gravidade da doença, com toda a logística excepcional exigida.
Entretanto, chamamos aqui a atenção para as ações e estratégias preventivas – possíveis, necessárias e urgentes – referentes à higiene e ao saneamento básico em populações mais vulneráveis.
Cerca de 30 milhões de brasileiros não tem condições mínimas de saneamento básico, sendo que 11 milhões vivem em milhares de favelas e outros assentamentos precários (1). Esse grande contingente populacional no país permanece sem acesso à água potável (40%) e às condições mínimas de higiene e esgotamento sanitário (60%) (2).
Nessas áreas, com precárias condições socioeconômicas, de habitação e infraestrutura, o quadro de doenças de veiculação pela água é preocupante em tempos normais, que agravam a vulnerabilidade dessas populações. Anualmente, são milhares de internações por doenças causadas por falta de saneamento, como dengue, hepatite e leptospirose. Assim, é bastante previsível que essa parte da população brasileira mais vulnerável econômica e socialmente será a mais impactados pela pandemia COVID-19.
Clique no link abaixo e leia a matéria de Gilberto Antônio Nascimento, Engenheiro Civil e Sanitarista, para o site do ONDAS.