Pesquisa revela que nunca houve um número tão baixo de trabalhadores registrados como no quarto trimestre de 2017
O Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) publicou uma série de dados, nesta quarta-feira (31/1), sobre as condições e situações de trabalho do povo brasileiro. Entre inúmeros dados, como um aumento no número de trabalhos de setores precários como doméstico e setor de serviços, a pesquisa revelou em números a face real da reforma trabalhista implementada pelo governo Temer.
Na série histórica que a pesquisa se dedica a analisar tais dados, nunca houve um número tão baixo de trabalhadores registrados como no quarto trimestre de 2017. O número de trabalhadores com carteira assinada no país foi de 33,321 milhões.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, explicou que a falta de trabalhos com carteira assinada retira a estabilidade das famílias que em geral dependem deste indivíduo com esse vínculo empregatício. Buscando alternativas às dificuldades de trabalho que enfrentam os brasileiros, grande parte aposta em trabalhos informais, atuando por conta própria em busca de renda.
Trabalhador precário
A pesquisa também aponta que o emprego doméstico cresceu no quarto trimestre de 2017: 204 mil pessoas conseguiram uma colocação no mercado de trabalho nessa função. Mais de 70% dessas pessoas estão em trabalhos sem carteira assinada.
Com a retirada de direitos conquistados à duras penas pelos trabalhadores, a reforma trabalhista rasgou a CLT e criou novas formas de contratos empregatícios, favorecendo os empresários e oferecendo aos trabalhadores postos de trabalho cada vez mais precários e com menos garantias.
Desemprego cai para 11,8% às custas do aumento de trabalhos precários
Com a Reforma Trabalhista em sendo aplicada, os dados sobre desemprego no Brasil começam apresentar mudanças, mas o que não é escancarado é a verdade por trás desses dados: o desemprego diminui às custas de um aprofundamento brutal na precarização das condições de trabalho.
Ainda de acordo com a Pnad Contínua, o país ainda contava com 12,311 milhões de desempregados no quarto trimestre de 2017.
Os dados mostram uma melhora bastante singela: total de ocupados cresceu 2% no período de um ano, sendo equivalente a criação de cercade 1,8 milhões de postos de trabalho. A taxa de desemprego teve uma querda de 12% para 11,8%. (com informações: Esquerda Diário)
Leia também:
Luta para reverter reforma trabalhista será intensificada a partir de 1º de fevereiro