O executivo revelou ainda que a pandemia fez com que a estatal fizesse um contingenciamento de R$ 330 milhões, sendo R$ 240 milhões (42%) em investimentos e R$ 90 milhões (26%) em materiais e serviços. A previsão inicial era de investimentos de R$ 833,8 milhões em 2020. A ação não vai levar a queda na qualidade dos serviços da distribuidora, onde eles foram concentrados. Segundo a diretora Claudine Anchieta, a economia fica concentrada em investimentos do segundo semestre, para que não afetasse obras do primeiro. “O foco principal é na distribuição, onde estamos contingenciando. A Celesc Geração ainda não tem sofrido os impactos da crise”, explica.
Em abril, a energia demandada para atender os consumidores na rede da Celesc caiu 14%, o que corresponde a cerca de R$ 160 milhões que não vão entrar no caixa da distribuidora. O executivo contou ainda que houve redução de 20% no consumo médio em relação ao consumo antes do confinamentos na comparação com o ano anterior.
A Celesc, que prospectava parcerias para leilões de transmissão deste ano, decidiu aguardar o desdobrar da pandemia de covid-19 para decidir se participa ou não. “Estamos esperando o cenário clarear um pouco”, revela Pablo Cupani, diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da empresa. A má hidrologia da região também tem impactado nos resultados das usinas, que tem gerado menos que a metade da garantia física esperada.
As conexões de Geração Distribuída, que estavam paralisadas desde o início das medidas restritivas, retornaram nesta segunda-feira, 11 de maio. Segundo o presidente da Celesc, a interrupção nas conexões à rede veio devido à necessidade da entrada de funcionários da empresa na casa do consumidor para inspeção de inversores. O consumidor deverá aceitar regras estabelecidas pela Celesc, que envolvem medidas como uso de máscaras e álcool gel na assinatura de documentos.