30/09/2016
Vitória: FNU é aceita na ADI que discute cálculo da Periculosidade
por: Assessoria jurídica da FNU
É com satisfação que esta Assessoria Jurídica, composta pelos Escritórios De Negri, Lindoso e Advogados e Jarbas Vasconcelos Advocacia e Consultoria, informa à Federação Nacional dos Urbanitários a sua admissão como amicus curiae na ação direta de inconstitucionalidade que discute a alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade.
Com isso a FNU tem aberta a defender seu ponto de vista sobre tão relevante questão, o que já foi feito juntamente com o pedido de ingresso. A FNU também terá aberta a possibilidade de sustentação oral por ocasião do julgamento.
ADI 5013 – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (Eletrônico)
Origem: | DF – DISTRITO FEDERAL |
Relator atual | MIN. EDSON FACHIN |
REQTE.(S) | CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA |
ADV.(A/S) | MAXIMILIANO NAGL GARCEZ (27889/DF) |
INTDO.(A/S) | PRESIDENTE DA REPÚBLICA |
INTDO.(A/S) | CONGRESSO NACIONAL |
ADV.(A/S) | ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO |
AM. CURIAE. | FNU – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS URBANITÁRIOS |
ADV.(A/S) | ERYKA FARIAS DE NEGRI (13372/DF) E OUTRO(A/S) |
30/09/2016
Outubro Rosa- Mulheres Urbanitárias na luta contra o câncer de mama
por: Sindur
O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e ou mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade (www.komen.org).
Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de mama, denominando como Outubro Rosa. Todas ações eram e são até hoje direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de boliche e etc. (www.pink-october.org).
O importante é, na realidade, focar este sério assunto nos 12 meses do ano, já que a doença é implacável e se faz presente não só no mês de outubro. No entanto, este mês é representativo para a causa, tornando-se especial e destacado dos demais.
Câncer de mama – Saiba como fazer o auto-exame das mamas
Toda mulher deve fazer rotineiramente o auto-exame dos seios. Ele ajuda a conhecer bem o formato e a consistência das mamas para que possíveis alterações sejam notadas e tratadas sem demora. Uma vez por mês, de preferência no final do período menstrual, siga as seguintes instruções:
Diante do espelho Com os braço ao longo do corpo, gire para um lado e para outro. Verifique se a região da axila está normal e se há qualquer mudança no tamanho ou formato de suas mamas. Procure inchaço, depressão ou erupção da pele. Faça estas mesmas observações com as mãos apoiadas sobre os quadris, fazendo uma pressão firme para contrair os músculos. E depois com as mãos sobre a cabeça e os braços para cima. Por último, aperte suavemente cada um dos mamilos com os dedos polegar e indicador. Se aparecer uma grande quantidade de secreção ou comtraços de sangue, informe imediatamente ao seu médico.
No banho Examine as mamas durante o banho, pois as mãos deslizam mais facilmente sobre a pele molhada. Deslize os dedos estendidos, incluindo todas as partes da mama. A mão direita examina a mama esquerda e a mão esquerda examina a mama direita. Qualquer “caroço” ou endurecimento deve ser notificado ao seu médico.
Deitada Coloque uma toalha dobrada sob seu ombro esquerdo. Junte os dedos da mão direita e massageie com movimentos circulares toda região da mama de fora para dentro, até o bico. Repita a mesma operação na mama direita. Qualquer nódulo ou espessamento da pele (pele mais dura e grossa) devem ser observados e relatados ao seu médico. Depois, coloque a mão direita ou esquerda sobre a cabeça e faça a mesma operação desde as axilas, tanto de um lado como do outro. Atenção: Se encontrar qualquer alteração, procure imediatamente um médico. Quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maiores as chances de se alcançar a cura. O auto-exame não substitui os exames periódicos que você deve fazer com um médico especialista.
|
LUTAR SEMPRE! DESISTIR JAMAIS!
28/09/2016
FNU participou da III Jornada de Debates do DIEESE- Setor Público
A Federação Nacional dos Urbanitários esteve presente na realização da III Jornada de Debates do DIEESE- Setor Público, realizado dia 27 de setembro, no auditório do SENGE-RJ. A FNU foi representada no evento pelo seu presidente Pedro Blois. A tônica dos debates girou sobre a PEC 241, que visa na realidade destruir o Estado brasileiro, com medidas que vão do congelamento por 20 anos nas despesas em investimento como saúde e educação, um amplo processo de privatizações, ataques a previdência social, arrocho fiscal, enfim uma série de medidas que se aprovadas pelo congresso causaram danos irreparáveis à sociedade durante décadas.
Os debates foram conduzidos pelo DIEESE-RJ, através dos seus técnicos apresentaram estudos importantes para esclarecer ao movimento sindical, sobre os danos provocados por estas medidas que estão sendo planejadas por este governo Golpista. Os dirigentes das diversas centrais que estavam presentes foram unânimes em afirmar que é preciso se mobilizar em todas as frentes para barrar a PEC 241, pois será a impla
28/09/2016
Pressão dos trabalhadores da CEDAE faz governo recuar do projeto de privatizar a empresa
Foi realizada na terça-feira, dia 27 de setembro, uma grande manifestação que reuniu mais de 15 mil trabalhadores da CEDAE, que caminharam do Largo do Machado até o Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado, para protestar contra o projeto de privatização da empresa.
A Federação Nacional dos Urbanitários esteve presente com a participação do Presidente da FNU, Pedro Blois, e do Secretário de Relações Internacionais e trabalhador da CEDAE, Hélio Anomal, que inclusive participou da comissão que foi recebida no Palácio Guanabara pelo secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola, e pelo presidente da CEDAE, Jorge Briard, que afirrmaram que a intenção não é privatizar a CEDAE . Os representantes do Governo anunciaram durante o encontro que o projeto em estudo não é o mesmo do BNDES, de divisão da empresa. Participaram também da reunião os representantes dos demais sindicatos da base.
A categoria continuará mobilizada em defesa da CEDAE Pública, a próxima atividade será o envio de modelo do abaixo assinado que será encaminhado aos deputados estaduais pessoalmente a Assembleia Legislativa.
3/09/2016
PLENÁRIA DA FNU REAFIRMA A IMPORTÂNCIA DA LUTA CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES NOS SETORES DE ENERGIA E SANEAMENTO
Foi encerrada no inicio da tarde do dia 23 de setembro, em Florianópolis, a Plenária da FNU “Rui Porto”. Foi um dia muito produtivo onde os delegados (as) discutiram e aprovaram os planos de lutas elaborados no ENTSAMA e no ENEL, fazendo os ajustes finais para que fosse construído um documento único para os dois setores, mas resguardando as especificidades de cada um, orientando a luta a ser travada pelos sindicatos filiados, a FNU, a CNU e principalmente dos trabalhadores, que estão enfrentando os grandes desafios colocados pelo Governo Golpista, no que tange a privatização das empresas de saneamento e as distribuidoras de energia estatal.
Os planos de lutas aprovados pelo plenário mostraram a gravidade da conjuntura e a importância de se buscar todas as formas defender o patrimônio público contra a sua privatização, garantindo com isso o acesso à água e a energia para todos os brasileiros e brasileiras. Impedindo desta forma que estes bens se transformem em apenas mercadoria nas mãos do capital privado transnacional. Outra ação é barrar a demissão de milhares de trabalhadores, caso o projeto neoliberal do governo Golpista prospere.
O Presidente da FNU, Pedro Blois, saudou os presentes e agradeceu o empenho de cada delegado (a) em participar desta Plenária. “Essa atividade foi muito especial, pois resgatamos a realização do ENTSAMA e do ENEL, que funcionou muito bem, pois deu à oportunidade de enriquecer ainda mais as discussões e debates, a prova disse foi à construção de um plano de lutas muito rico, capaz de orientar as nossas lutas para enfrentar o governo golpista”, alertou ele. O presidente da CNU,Paulo de Tarso, reafirmou o compromisso de unidade da entidade, superando todas as dificuldades, pois segundo ele depois do Golpe setores pelegos do sindicalismo, como a CNTI, se fortaleceram, portanto é fundamental a formalização da entidade é fundamental para avançar na luta urbanitária.
22/09/2016
ENEL E ENTSAMA ENTRAM NO SEGUNDO DIA DE DEBATES
A Plenária Rui Porto da FNU que está sendo realizada em Florianópolis, entrou no seu segundo dia com a continuidade do ENTSAMA e do ENEL. Na parte da manhã os delegados (as) participaram de palestras e logo em seguida foram realizados importantes debates, visando a construção de uma massa crítica para elaborar estratégias de lutas para barrar os processos de privatização, que hoje rondam os setores de energia e saneamento.
O ENTSAMA contou com a presença de palestrantes renomados do setor, que foram: Wladimir Ribeiro, Advogado Especialista em Saneamento e Aparecido Hojaij, Presidente da ASSEMAE. Foram apresentados temas importantes que ajudam na maior compreensão da conjuntura que se modificou com a efetivação do Golpe.
O presidente da ASSEMAE, Aparecido Hojaij, lembrou que o setor privado não investe o suficiente e exclui os pobres. Ele lembra que até mesmo que o Banco Mundial já reconhece que a privatização do setor não vai resolver os problemas do saneamento. E já existem mais de 180 casos de remunicipalização, que aconteceu em cidades como Berlim e Paris. “ O Brasil está na contramão ao usar o instrumento da PPI, visando diminuir a participação do Estado no setor de saneamento. Caso esta ação avance vai atingir as famílias pobres, que ficarão fora da prestação dos serviços por falta de recursos para pagar as tarifas”, alertou. Finalizando ele defendeu a importância da implantação dos Planos Municipais de Saneamento Básico, com destaque para a presença do controle social.
O Advogado especialista em saneamento, Wladimir Ribeiro, fez uma crítica à gestão privada de empresas como Sabesp e Sanepar, que usam seus dividendos para pagar o rombo do déficit dos Estados. Para ele a lógica do privado é vender os serviços para quem pode pagar, e deixar fora que não tem recursos. Outro absurdo segundo ele é o uso de recursos de fundo de pensão de trabalhadores de estatais para privatizar as empresas de saneamento. Para Wladimir as experiências no setor mostram que as chamadas agências públicas não funcionam. “ As concessões feitas mostram que o poder público não regula, não fiscaliza, em suma, não funciona, por isso o capital privado se beneficia”, disse.
No ENEL foi realizada um debate bem rico e uma palestra com o Técnico do DIEESE da subseção da FNU, Gustavo Teixeira, e com o Professor da UFMT, Dorival Gonçalves. Na oportunidade o Técnico do DIEESE, abordou a nova conjuntura do setor de energia. “ Os chineses estão aumentando sua participação com aquisição de novas empresas, isso se dá pelo ambiente favorável como a edição da MP735, que facilita a venda das distribuidoras da Eletrobras e transfere a gestão dos fundos setoriais para o CCE. Ou seja, o capital privado assume de vez esses recursos. Isso vai se refletir ainda mais no perfil dos trabalhadores em energia que hoje em sua maioria são terceirizados, cerca de 51% ”, afirmou.
O Professor Dorival Gonçalves fez um resgate histórico do setor elétrico, inclusive no mundo. No Brasil segundo ele grande burguesia sempre ditou os rumos dos investimentos em energia, e agora na atual conjuntura ela retoma essa ação, apostando que a privatização será capaz de atender seus interesses e do capital internacional. Cabe aos trabalhadores e a sociedade fazer a resistência contra essa entrega, que resultará em demissões, a mercantilização da energia, ampliação sem limites da terceirização, o aumento exorbitante das tarifas, excluindo milhões de pessoas do acesso a este bem essencial para a dignidade humana.
Sexta-feira, dia 23, a partir das 9 horas será realizada a Plenária Rui Porto da FNU, quando serão debatidos e aprovados os planos de lutas dos setores para o próximo período. O que na realidade representa uma enorme responsabilidade, tendo em vista a conjuntura de golpe e retirada de direitos que o país vive.
21/09/2016
ENTSAMA E ENEL COMEÇARAM NESTA QUARTA, DIA 21
Na tarde desta quarta-feira, dia 21 de setembro, foi realizada na Plenária Rui Porto o encontro dos Trabalhadores em Saneamento (ENTSAMA) e de Energia (ENEL). Os debatedores do ENTSAMA foram Abelardo de Oliveira, Engenheiro Sanitarista e Funcionário da EMBASA, e o Professor Titular da UFBA e Doutor em Saúde Ambiental, Luiz Roberto Santos Moraes. Ambos colocaram mais uma vez a importância da luta em defesa do saneamento público e com controle social.
Abelardo fez um amplo relato das suas passagens pela Secretaria Nacional de Saneamento durante o Governo Lula, e recentemente na Direção da Embasa, na Bahia. “A construção do Ministério das Cidades e da Secretaria de Saneamento foi uma conquista do movimento sindical, dos ativistas, do movimento social em defesa do saneamento, enfim de toda a sociedade que sempre lutou para a implantação de políticas públicas para o fortalecimento da área de saneamento básico”, disse. Para ele também a formação de dirigentes sindicais é um ponto estratégico, já que na hora do debate mais acirrado é preciso, por exemplo, conhecer a legislação do setor. Assim como, é muito importante a construção do observatório de saneamento para fortalecer a luta em defesa das políticas públicas para o setor.
O Professor Luiz Moraes abordou dentro outros pontos a importância do PLANSAB. “A construção do PLANSAB foi bem democrática e de maneira bem participativa, eu mesmo, na condição de cidadão apresentei nove emendas. Uma conquista importante e que não pode ser perdida. Por isso, precisamos lutar para que ele seja efetivado. Uma mostra disso é que somente 35% dos municípios tem plano municipais de saneamento básico”, colocou. Um dado apresentado por ele mostra o quanto falta atenção do poder público ao saneamento, que é a percentual de 0,2% do orçamento do Governo Federal para se investir em um país de dimensões continentais. Para o Professor Moraes é preciso se rediscutir inapelavelmente a divida pública brasileira, já que estudos apontam que os números são totalmente deturpados, para serem utilizados como desculpa para falta de recursos a serem aplicados em investimentos prioritários, como é o caso do saneamento básico. Segundo Moraes é papel do movimento sindical encabeçar essa discussão, e também se articular para fazer o enfrentamento necessário para barrar a privatização do saneamento.
ENEL discute as mudanças no setor
O Engenheiro e Professor da UFRJ, Neilton Fidelis da Silva, foi o principal palestrante na mesa Conjuntura do setor elétrico, onde fez uma profunda análise do momento por qual atravessa do setor elétrico. Para ele o golpe perpetuado irá trazer mudanças drásticas para o setor. “É preciso em primeiro lugar questionar que tipo de desenvolvimento queremos para o país, pois a mudança de governo trouxe de volta a lógica neoliberal, com a volta da eletricidade como mercadoria apenas. Bem diferente do Governo Lula/Dilma, onde esse bem era tratado como um serviço público, onde havia a preocupação com a modicidade tarifária, e a universalização avançou como nunca, com políticas públicas como o Luz Para Todos, dentre outros”, disse.
Ele lembra que com o Governo Golpista haverá mais reajuste nas tarifas, pois já foi colocado que o mercado irá ditar as regras, longe das amarras do Estado, um novo tipo de relacionamento. Ou seja, o trabalhador e a população vão pagar essa conta se não houver uma reação rápida de todos.
As intervenções dos delegados (as) presentes apontaram para a necessidade da mobilização e da luta para barrar a entrega do setor elétrico estatal.
21/09/2016
Começou a Plenária Rui Porto da FNU em Florianópolis
Começou na manhã desta quarta-feira, dia 21 de setembro, em Florianópolis, a Plenária Rui Porto da FNU. A mesa foi composta de diretores da Federação e os palestrantes José Silvestre, Coordenador de Relações Sindicais do DIEESE, e o Diretor da CUT Nacional e trabalhador urbanitário, Marcelo Fiori. O tema do debate foi a conjuntura política,segundo Silvestre a grande discussão do momento é o tamanho do papel do Estado, pois esse Governo veio com o propósito da retomada das politicas neoliberais dos anos 90, de reduzir ao máximo o números de empresas públicas e retirar direitos trabalhistas. Além disso ele destacou os interesses das nossas elites em conluio com o capital internacional de se apoderar do pré-sal e desmonstar o poder dos BRICS. Por isso, ele alertou a importância da unidade da classe trabalhadora, deixando de lado as diferenças, para enfrentar esses grande desafios, pois o inimigo está do outro lado.
O Diretor da CUT, Marcelo Fiori, fez um relato da resistência ao Governo Golpista.” A juventude está nas ruas tomando a frente, em especial as mulheres. Falta agora o movimento sindical fazer a sua parte. Por isso, considera que a paralisação nacional seja do dia 22 de setembro,será um esquenta para a realização da greve geral em breve”, disse ele. Fiori também reforçou a importância de se buscar a unidade na luta dos trabalhadores para fazer o enfretamento contra a retirada de direitos dos trabalhadores que está por vir com esse governo golpista.
A parte da tarde sera dedicada aos debates setoriais do saneamento através do ENTSAMA e do ENEL.
19/09/2016
Dia 22 de setembro se consolida como “esquenta da greve-geral” e mobiliza estados
por: CUT
A greve geral se torna mais real a cada semana. A constatação vem do entusiasmo com que a classe trabalhadora tem recebido a ideia nos estados brasileiros. Termômetro principal para essa análise é a mobilização construída para o dia 22 de setembro, também conhecido como o “esquenta da greve geral.”
“O diálogo frequente com os sindicatos e as bases têm sido importante para essa construção da greve geral. Dia 22 de setembro, todos nós, trabalhadoras e trabalhadores, temos que estar nas ruas, dando um recado para esse governo golpista, dizendo que não vamos tolerar que mexam em nossos direitos. Rumo à greve geral”, convocou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Pedida por grande parte da população, a paralisação da classe trabalhadora visa reafirmar a defesa dos direitos trabalhistas e marcar posição contra o golpe político que levou Michel Temer à presidência do Brasil. Dia 22 de setembro carrega o mesmo espírito, como explica Mauro Ruben, presidente da CUT-Goiás.
“Nós não vamos recuar. Na base, as adesões estão crescendo. Em nosso estado, já temos garantidas as paralisações dos trabalhadores ligados à Saúde e Educação. Uma plenária, na próxima sexta (16), deve definir a paralisação dos transportes também. Lá em Goiás, conseguimos unidade entre todas as Centrais. Ou seja, dia 22 de setembro será um dia importante para a construção da greve geral”, afirmou o dirigente Cutista.
Adriana Oliveira, presidenta da CUT-Maranhão, acredita que a ideia de uma data que sirva de “esquenta”, ajuda a mobilizar. “Nesse dia, vamos intensificar os debates sobre os desmandos desse governo, falar sobre os direitos que podemos perder e os ataques que vamos sofrer. Lá no nosso estado, vai todo mundo parar pela manhã, e à tarde faremos um grande ato na praça Marechal Deodoro.”
A lista de prejuízos que podem ser causados pela gestão de Michel Temer deve ser utilizada na conversa com as bases, explica Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT-Minas Gerais. “Querem desmontar o SUS, acabar com a CLT, impor o negociado sobre legislado, promover uma reforma da Previdência que prejudica a trabalhadora e o trabalhador. São diversos ataques e a classe trabalhadora precisa estar ciente. Após dia 22, vamos estar mais fortes ainda para a greve geral”, finalizou.
Em São Paulo, a expectativa é de uma grande paralisação, com o envolvimento de diversos setores. “Nós esperamos uma grande mobilização para dia 22 de setembro, em especial no setor público, onde temos ao menos cinco grandes sindicatos que já aderiram e vão cruzar os braços. O setor metalúrgico também já confirmou que irá parar dia 22. Ou seja, vamos ter um dia intenso”, afirmou Douglas Izzo, presidente da CUT-São Paulo, reforçando que o movimento pode crescer, já que uma plenária chamada pelos trabalhadores do setor de transportes para decidir sobre a adesão ao “esquenta” ocorrerá na próxima sexta-feira (16).
5/09/2016
SINDICATO ARTICULOU AUDIÊNCIA PÚBLICA QUE DISCUTIU SOBRE A PRIVATIZAÇÃO DA ED-PI
por: Sintepi
O Plenarinho da Assembleia Legislativa do Piauí recebeu, na manhã desta quarta-feira(14), audiência pública articulada pelo Sindicato dos Urbanitários, através da deputada estadual Flora Izabel (PT), que presidiu a sessão. A audiência discutiu a atual situação da Eletrobras Distribuição Piauí e as consequências da privatização da companhia.
A discussão contou com a presença do presidente da Federação Nacional dos Urbanitários Nordeste – Frune, Raimundo Lucena, presidente da Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, Pedro Blois, presidente da Eletrobras Distribuição Piauí, José Salan, presidente do Sindicato dos Urbanitários, Paulo Sampaio, integrante da Confederação Nacional dos Urbanitários, Francisco Marques, além de outros dirigentes sindicais, trabalhadores, membros da diretoria da empresa e de movimentos sociais organizados.
De acordo com Pedro Tabajara, a privatização das concessionárias de energia não trará os benefícios anunciados pelo Governo Federal. “É tudo falácia, pois a privatização não trará os benefícios necessários”. O posicionamento dele foi corroborado pelo presidente do SINTEPI, que sinalizou para a possibilidade da companhia lançar um plano de desligamento voluntário dos funcionários aposentados que voltaram a trabalhar. “A Eletrobras-PI hoje tem 1.400 servidores efetivados, todos com risco de demissão após a universalização da energia”, afirmou.
Para Francisco Marques todos os argumentos do Governo em favor da privatização são engodo. “As empresas privadas que estão bem posicionadas no ranking da Agência Nacional de Energia (ANEEL), que mostra as melhores empresas do setor, já estavam bem situadas antes da venda. Não houve melhoria de nenhuma empresa depois que foram vendidas”, afirmou Marques, que lembra ainda que as tarifas nas empresas privadas subiram mais que a inflação dos últimos anos, e que, a grande maioria dos seus trabalhadores são de terceirizados, o que comprova a precarização dos serviços.
A autora do pedido para audiência, Flora Izabel, destacou que esta discussão no estado sobre a privatização é muito pertinente, pois a privatização é muito preocupante. “Sabemos que a privatização de um setor tão importante e tão estratégico gera a redução de investimentos e as propostas que foram levantadas hoje serão levadas à bancada federal e ao presidente Temer”, destacou.
Como resultado do debate, ficou acordado o encaminhamento de um manifesto com a assinatura de um terço dos deputados, além de uma audiência com o governador Wellington Dias.
13/09/2016
Pacotaço de Beto Richa é aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná
Por 28 votos a favor e 17 contra, a AL (Assembleia Legislativa) do Paraná aprovou, na sessão realizada hoje (12/09), em Curitiba, o projeto de lei 419/2016, elaborado pelo governo Beto Richa (PSDB), que autoriza a venda de ações da Sanepar e da Copel, entre outros pontos.
As galerias da AL estavam lotadas por dirigentes sindicais de diversas categorias e lideranças populares que atenderam ao chamado do FES (Fórum das Entidades Sindicais) para pressionar os deputados estaduais a rejeitarem o “pacotaço” do governador tucano.
Alexandre Schmerega Filho, presidente do SINDAEL, afirma que a batalha continua amanhã (13/09), com a votação das emendas ao projeto apresentadas pela oposição.
“Esta luta é muito desigual. Esse governo tem apoio de 29 deputados, que não estão nem um pouco preocupados com a entrega do patrimônio dos paranaenses ao grupos capitalistas e com o custo que isso representará para a população do nosso Estado”, afirma Alexandre.
Com o projeto 419/2016, Beto Richa pretende vender as ações consideradas “excedentes” da Sanepar e da Copel sem precisar da autorização da AL para isso. Além de abrir mão de parte deste importante patrimônio das empresas públicas, o governo Richa também deixará de receber os polpudos dividendos que as ações garantem.
Para compensar essa perda, o “pacotaço” prevê também a cobrança de impostos, por exemplo, da Sanepar pela captação de água nos rios paranaenses a ser tratada e distribuída para a população.
06/09/2016
FNU e CNU participaram de grande ato contra a privatização da CEDAE
A Federação Nacional dos Urbanitários e a Confederação Nacional dos Urbanitários estiveram presentes na tarde desta terça-feira, dia 06 de setembro,no ato grande dos trabalhadores da CEDAE contra a proposta de privatização da empresa que vem sendo trabalhada pelo BNDES, a pedido do Governador Dornelles, que solicitou a sua inclusão no Programa de Parcerias e Investimentos, instituído pelo Presidente Golpista Michel Temer, através da Medida Provisória 727.
A FNU , a CNU, e seu sindicatos filiados somaram forças juntamente com mais de 10 mil trabalhadores presentes ao ato. O Presidente Pedro Blois, reafirmou a importância dessa grande mobilização; “Para barrar a entrega das empresas de saneamento em todo país o caminho é a luta, assim como a unidade de todas as entidades”, disse.
O diretor da FNU e trabalhador da CEDAE, Hélio Anomal, em sua fala para multidão alertou para a importância de intensificar a luta em todas as frentes para barrar a privatização empresa, mesmo em uma conjuntura de golpe.
A FNU e a CNU continuarão na luta junto com os trabalhadores da CEDAE dizendo não à sua privatização.
05/09/2016
Aviso a Michel Temer: a luta continua
por: Brasil 247
Estive na tarde de ontem na avenida Paulista, onde participei da concentração em frente ao MASP. À noite, acompanhei de carro uma imensa passeata pela Rebouças que fez o trajeto da Paulista até o Largo da Batata. Um colega que assistiu a passagem dos manifestantes de cima de um viaduto calcula que o cortejo prolongou-se por duas horas e acredita que pelo menos 100 000 pessoas desfilaram perante seus olhos. Os organizadores fazem o mesmo cálculo. Numa reação sintomática, a Policia Militar preferiu não revelar sua estimativa. Ficou feliz em dar porrada, quando o protesto, combativo mas sereno do início ao fim, já estava terminado e calmo.
Os números de todo ato político sempre possuem um viés a favor ou contra. Sempre serão louvados por um lado e questionados pelo outro. Seu significado político não pode ser colocado em dúvida, porém. Os protestos de ontem indicam que a luta contra o governo Temer atravessou o impeachment, segue seu curso e pode até ganhar um fôlego maior.
Cinco dias depois a saída de Dilma Rousseff, a base social de trabalhadores, mulheres e jovens que se tornaram alvo preferencial das reformas estruturais inscritas na prancheta do golpe foi às ruas para dizer que não pretende ficar quieta e que vai defender seus direitos.
Foi assim em São Paulo, no Rio de Janeiro e outros lugares. Estive no último ato da mobilização dos aliados de Dilma contra o impeachment. Era menor que o de ontem. O comportamento dos militantes — era possível reconhecer a presença das mesmas pessoas nos dois atos – também era diferente. Silencioso, quase apático, no primeiro. Aguerrido, combativo, no segundo.
A agenda se modificou. Antes, o debate envolvia o destino de Dilma. A pauta agora envolve direitos.
Antes do impeachment, havia até uma divergência paralisante.
O Planalto era favorável a assumir o compromisso de organizar um plebiscito para debater novas eleições, caso Dilma fosse reconduzida. A maioria dos movimentos sociais era contra. Queria o retorno de Dilma para que ela pudesse realizar o governo para o qual foi eleita em 2014.
As manifestações, agora, respondem a interesses concretos. Um mesmo grito político continua: “Fora Temer!”
A situação é outra. A luta se encontra no chão da vida real. Envolve reforma da Previdência, fim do monopólio da Petrobras sobre pre-sal, desmonte da CLT. As manifestações de domingo mostram que o governo Temer começa diante de uma oposição imensa, que não tem a menor disposição de lhe dar trégua.
Os atos deste domingo sinalizam o que será o país no pós-impeachment. Longe da paz dos cemitérios, tivemos o retrato de um Brasil que não se rendeu nem vai se entregar. Haverá luta, centímetro a centimetro, ponto a ponto, para impedir a destruição do país.
A derrota vergonhosa do impeachment passou. Mas, contraditoriamente, a consciência parece mais forte, e as questões que envolvem o país e as novas gerações, mais claras e urgentes. Os canalhas de que falava Tancredo Neves, como recordou Roberto Requião, não irão vencer.
Sentirão cada vez mais vergonha quando andarem pelas ruas das grandes cidades. Serão aconselhados a ficar de boca fechada para não estimular ainda mais a revolta.
Vai ser ainda pior, para os membros do golpismo de coalizão, quando viajarem para o exterior, recebendo a repulsa da brava gente que há 40 anos assinava manifestos contra o regime dos generais e ajudou a parar a tortura, a garantir a volta de deles mesmos, exilados ainda jovens, que desciam no Galeão e até davam a impressão que sentiam saudade de serem brasileiros. Hoje, alguns parecem agentes infiltrados, de tão obvios.
As ruas brasileiras mostraram uma gente de pé, que não se amedronta facilmente.
Haverá guerra civil, disse Requião, numa constatação que não é para ser lida ao pé da letra, mas no horizonte histórico, apesar do aspecto sombrio da tropa de choque, uma brutalidade fora de toda medida.
Já vimos tudo isso antes, me disse uma militante que se tornou amiga aos 20, nos anos negros da ditadura militar. Também vencemos.