Os trabalhadores do Sistema Eletrobras realizaram ato de protesto contra a privatização da empresa na porta da Bolsa de Valores de São Paulo. A mobilização contou com a participação dos dirigentes CNE , STIU-DF, do Sinergia-Campinas, militantes do MAB , MST, do pré-candidato a deputado federal, Guilherme Boulos, assim como, de outros movimentos sociais, que entendem que privatizar a maior empresa estatal de energia da América Latina é um crime contra o país e seu povo.
As falas dos dirigentes foram no sentido de denunciar o caráter antipovo dessa privatização promovida por Bolsonaro, na oportunidade foi realizada no local a distribuição de uma carta aberta, onde é denunciada a forma nefasta como foi conduzida a venda da Eletrobras, e suas graves consequências para a sociedade.
Segundo Fabiola Antezana, dirigente do Coletivo Nacional dos Eletricitários, a população, em especial a mais pobre, vai pagar caro por esse ataque ao patrimônio público. “ Todos os estudos apontam que haverá aumento na conta de energia, afetando ainda mais a renda da população que já sofre com a inflação. O que está acontecendo hoje aqui na Bolsa de Valores não tem paralelo no mundo, o TCU e demais órgãos fizeram vista grossa para uma série de irregularidades graves neste processo de privatização. O CNE e demais entidades vão continuar resistindo a esse crime contra a sociedade e a classe trabalhadora”, disse.
.
O CNE e os sindicatos estão há cinco anos na luta contra a privatização da Eletrobras, e a disposição para continuar a mobilização é forte, sobretudo, na esfera judicial, apontando todas as irregularidades deste processo de privatização que visa atender o capital especulativo, e não atender os interesses da sociedade.
Leia também:
Eletricitários e movimentos sociais ocupam Bolsa de Valores de SP em protesto contra privatização da Eletrobras