Enquanto a diretoria da Cosanpa se desdobra para abrigar e dar conforto a comissionados, mais denúncias de falta de condições de trabalho e estruturas precárias vêm das regionais, reafirmando a situação relatada no último Informativo que divulgou a situação vivida pelos trabalhadores em Abaetetuba e Magalhães Barata.
A regional de Marabá sofre com os mesmos problemas, a começar pela falta de pessoal, móveis, material de expediente, impressoras, ar condicionado e outros equipamentos.
Para se ter uma ideia, o antigo gestor, que é funcionário, foi exonerado, dando lugar, como sempre, a um comissionado. Quando foi nomeado gestor, ele levou de sua residência para a Cosanpa móveis, ar condicionado e impressora. Com a exoneração do cargo, ele vai levar os equipamentos que são de sua propriedade. E agora, como vai ficar? Esses equipamentos só podem ser comprados pela gestão de Belém e tem que fazer licitação.
O setor de atendimento ao público está sem ar condicionado há quase dois meses. Por causa do calor insuportável, os trabalhadores ficam à tarde cumprindo o expediente do lado de fora do prédio até que a empresa se digne a resolver o problema.
Isso tudo não é diferente em todos os cinco municípios que compõem a regional de Marabá.
Em relação à gestão, destaca-se que todos os quatro coordenadores e o próprio gestor regional são comissionados e não têm nenhuma experiência na área, muito menos têm a formação adequada. Um desses coordenadores, desde 2019 vem sendo exonerado e recontratado. A última destituição foi em maio passado, tendo sido contratado novamente no dia 06 de julho/2023. Qual o motivo desse vai e vem? Com certeza não é pela competência e sim pelo “Quem Indica”.
Outra denúncia grave é que os coordenadores e o gestor dessa regional têm a regalia de carro à disposição por 24 horas. E a diretoria finge que não vê.
Santarém – Na regional de Santarém, o descaso se repete. Em todas as unidades e postos de trabalho a insegurança é constante, pois a iluminação é precária ou inexistente. Não há móveis adequados e os poucos que existem são os próprios trabalhadores que levam de casa.
Há locais onde não se faz a devida manutenção da limpeza das áreas e dos ramais de acesso, da mesma forma que existem locais de trabalho onde os banheiros ou estão precários ou não oferecem as mínimas condições de higiene para o uso do trabalhador. Por mais incrível e vergonhoso possa parecer, em grande parte do dia os banheiros ficam sem água, o que impossibilita o uso.
Representantes do Stiupa em Santarém enviaram ofício à atual gestão, logo que esta tomou posse, mas até o presente momento não houve resposta alguma.
Um outro fato que chama atenção é que vários serviços de manutenção que são executados pela empresa terceirizada precisam ser refeitos uma, duas e até três vezes. Mas o pagamento é feito em dia pela Cosanpa!
Recebemos a denúncia de que o atual gestor mantém uma secretária particular em sua sala que é paga pela Servpred, empresa terceirizada responsável pelos serviços de manutenção da regional. Como é feito o pagamento dessa prestação de serviço?
Com certeza essa realidade se repete em outras regionais, diante da total omissão da diretoria da Cosanpa, que mantém sua atenção voltada ao seu próprio umbigo e a suas conexões políticas que levam à contratação de mais e mais comissionados.
Diante desse cenário, ficam os questionamentos: onde foram parar os mais de R$ 800 milhões que o governador Helder disse ter investido na Cosanpa em seu primeiro mandato (2019/2022)? E a diretoria da empresa vai continuar omissa?