Empresa precisa investir no saneamento, a começar pelo trabalho de qualidade
O mercado financeiro é ávido por resultados e o lucro das empresas funciona como o termômetro dos investidores para especulação nas ações em bolsas de valores, mensurando onde podem arrancar mais dinheiro.
Por mais que publiquem que R$ 249,3 milhões de lucro líquido frustrou uma expectativa próxima de R$ 300 milhões os acionistas, a começar pelo governo de Minas, enchem os bolsos com os resultados operacionais e financeiros da empresa, que demonstra auto-sustentabilidade e apta para cumprir as metas de universalização até o marco de 2033, como prevê a regulação.
O lucro líquido, apesar das expectativas gananciosas, alcançou um crescimento de 38,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A receita líquida da Copasa-MG somou R$ 1,57 bilhão no 2T23, crescimento de 17,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O EBITDA ajustado da empresa foi de R$ 647,8 milhões, alta de 31,6%. Foram investidos R$ 676,5 milhões no primeiro semestre de 2023, alta de 21,8% comparados com o mesmo período do ano passado.
Devemos ressaltar que os resultados obtidos demonstram o desempenho e qualificação operacional da empresa, mesmo com sua estrutura e trabalhadores sofrendo com uma gestão que desvaloriza o funcionário interno, plantando forasteiros em cargos estratégicos e que demonstram pouca afeição para políticas de crescimento de sua base de trabalhadores para suportarem uma alta demanda das centenas de municípios onde nossos serviços são prestados.
Caminhamos para nossa campanha visando o Acordo Coletivo de Trabalho 2023 com a Copasa, que já recebeu a pauta de reivindicações da categoria e ainda não se manifestou pelo início das negociações. Como informamos antes, temos neste ano a realização de acordo coletivo da Copasa e Copanor tendo a mesma data-base de 1º de novembro e nossa pauta passa necessariamente pela isonomia de direitos, garantia de conquistas de acordos anteriores, recolocação de trabalhadores em vagas abertas onde a demanda municipal asfixia os trabalhadores, um freio nas terceirizações e o reajuste justo nos salários e benefícios sócio econômicos.
O sindicato já se prepara para as negociações e nesta semana tivemos a primeira reunião com técnico do Dieese, que dará suporte no processo de discussão com a Copasa, apresentando todos os dados relativos à operação e resultados financeiros apresentados nos balanços da empresa.
Esperamos um retorno breve das negociações, preocupados com os direitos dos trabalhadores e também com a preservação e sustentabilidade da Copasa como instrumento do Estado para honrar os compromissos com o saneamento.
Fonte: Ascom Sindágua-MG