Funcionários(as) do Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) aprovaram, com 77% dos votos em assembleia, paralisação de 24 horas no dia 18/01, próxima quinta-feira, quando ocorrerá um ato na porta da empresa.
Marcada pela falta de diálogo e por inúmeros ofícios sem resposta por parte da diretoria do Cepel, a negociação do Senge RJ e Sintergia RJ pelo pagamento da bonificação pelos resultados da empresa – referente ao ano de 2022 -, segue em aberto.
A diretoria do centro de pesquisas chegou a recuar quando a paralisação entrou na pauta das assembleias de funcionários, prometendo que o tema seria debatido em assembleia geral do Cepel em 28/12. No dia seguinte, porém, o tema foi excluído da pauta da reunião para apreciação futura, sem justificativas.
Entre os sindicalistas presentes na assembleia que aprovou a paralisação estavam os diretores do Senge RJ (Sindicato dos Engenheiros no Rio de Janeiro), Alexander Polasek e Agamenon Rodrigues de Oliveira; Paulo da Silva Capella, representante sindical do Senge RJ no Cepel; Eduardo Luiz Ferreira de Almeida, Diretor do Sintergia-RJ (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região) e Heloisa da Cunha Furtado, presidente da ASEC (Associação de Empregados da Eletrobras).
Os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras destacaram que a postura da empresa anuncia o tom que deverá ter a negociação do próximo Acordo Coletivo de Trabalho e da bonificação de 2023, que deverá ser paga em 2024.
A relação do Cepel com seus funcionários, principalmente com aqueles que integram o movimento sindical, tem se destacado por ações antissindicais, como a recente suspensão de Agamenon de Oliveira de suas atividades laborais. Sem ser escutado, Agamenon é mais um funcionário que, apesar de anos de trabalho reconhecido dentro e fora do país, é perseguido pela diretoria do Cepel pós-privatização.
Fonte: Senge-RJ