Para Fabiola Antezana, dirigente da FNU/CNU, até o momento, todo o processo que envolve a privatização da Eletrobras tem sido enviesado para atender os interesses do mercado
O Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF) protocolou denúncia na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) contra ato lesivo ao patrimônio da Eletrobras. A representação teve como base diversas reportagens que circularam nos meios de comunicação, especialmente, a denúncia do jornalista Luis Nassif no site eletrônico GGN.
A publicação, o xadrez da venda da Eletrobras, denuncia que a entrega da estatal se trata de uma jogada que “consiste em jogar as dívidas na Eletrobras, deixando as distribuidoras limpas para serem vendidas de graça. Fala-se em R$ 50 mil cada, preço de num carro usado”.
O jornalista sugere ainda que o Ministério Público Federal e a própria Controladoria Geral da União abram os olhos, uma vez que, a “Eletrobras e o Ministério de Minas e Energia estão nas mãos de uma quadrilha que, se não for detida, imporá ao país prejuízos irreversíveis para as próximas décadas”.
Para Fabiola Antezana, dirigente da FNU/CNU e do STIU-DF, até o momento, todo o processo que envolve a privatização da Eletrobras tem sido enviesado para atender os interesses do mercado. “As denúncias são no sentido de provocar uma manifestação por parte da Comissão para apurar se há ou não isenção no processo. Pois até agora, o que temos visto é que não há isenção das partes envolvidas no processo de privatização. Ao fim, o prejuízo sempre recai sobre o Estado brasileiro”, destaca.
Ela ressalta que uma discussão como a questão da venda da estatal e do modelo do setor elétrico deveria ser feita com a sociedade, acadêmicos, técnicos do setor, “visando única e exclusivamente a segurança nacional, o desenvolvimento estratégico, ofertar um serviço que é essencial para a vida dos cidadãos, e não visar o lucro como objeto principal”, enfatiza a dirigente. (fonte: Stiu-DF)