. Eletricitários alertam governo federal sobre risco de apagões como resultado da precarização
. Ministro Luiz Marinho propôs uma mesa de negociação com a empresa para tratar do acordo coletivo dos trabalhadores da Eletrobras
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu na tarde desta segunda-feira (8) a Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), que representa os trabalhadores do setor elétrico, de saneamento, de gás e meio ambiente de Norte a Sul do Brasil. A pauta da reunião foi as dificuldades com o acordo coletivo nacional com a nova gestão do Sistema Eletrobras, que assumiu o controle da empresa em junho de 2022 com a privatização.
O presidente da CNU, Paulo de Tarso G de B Costa, explicou que a negociação é de baixar salários e precarização dos serviços técnicos, trazendo risco de apagão para o sistema. “Além disso, estão querendo retirar benefícios previdenciários e de plano de saúde. Sem contar que mais de 4 mil trabalhadores já foram demitidos”, argumentou, ressaltando que já aconteceram apagões elétricos em São Saulo, Maranhão, Rio de Janeiro Amapá e no Rio Grande do Sul.
Atento aos argumentos, Luiz Marinho propôs uma mesa de negociação com a empresa para tratar do acordo coletivo dos trabalhadores da Eletrobras. “Vamos convocar a empresa para uma mesa de conciliação”, afirmou o ministro. Esse é o primeiro acordo coletivo desde a privatização da Eletrobras. A primeira rodada de negociação aconteceu em 2 de abril. Entretanto, Paulo de Tarso Costa conta que a Eletrobras contratou um negociador externo para fechar um acordo com a categoria. “Mas na reunião a proposta é de redução da folha de pessoal, com o argumento de que são agora uma empresa privada”, justificou.
Segundo o presidente, a União ainda é detentora de 43% das ações da Eletrobras, que gera energia de norte a sul do Brasil, e ainda é a maior da América Latina. Segundo o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), que congrega 34 sindicatos, a empresa tem realizados sucessivos PDVs, e atualmente opera em todo o Brasil com 8.300 trabalhadores.
Fonte: Agência Gov